Centro ajuda crianças especiais em Campina

Lucas Expedito Araújo de Assis, de 6 anos, não conseguia sequer controlar os movimentos do pescoço quando começou a frequentar o Centro Assistencial da Criança Excepcional (CACE), em Campina Grande, há cinco anos. Hoje, ele já começa a dar os primeiros passos. Lucas nasceu com paralisia cerebral (PC) e duas vezes por semana recebe tratamento especializado para superar suas limitação motoras.

A mãe dele, Gilvaneide Olinto, de 30 anos, fica emocionada ao ver os progressos conseguidos pelo menino. Ela mora na cidade de Picuí, no Curimataú do Estado, e não mede esforços para garantir uma vida mais autônoma para seu filho.

Ítalo Gabriel Cabral, de 4 anos, também é um dos 80 usuários com PC atendidos no local. Ao contrário de Lucas, ele ainda não começou a estudar no ensino formal, mas com a evolução no tratamento sua mãe, Joelma Agripino, de 26 anos, garante que vai matriculá-lo na pré-escola. No Cace ele recebe atendimento médico e está começando a conhecer as 'letras', com a ajuda de uma pedagoga. A família mora no bairro da Catingueira, em Campina Grande.

Além de auxiliar no tratamento de crianças e adolescentes com paralisia cerebral, o centro oferece gratuitamente suporte médico, psicológico e socioeducativo a pessoas que apresentam outras complicações que dificultam a autonomia e o desenvolvimento pessoal. Atualmente, estão sendo atendidas 210 crianças e adolescentes portadores de sequelas neuromusculares, transtornos e déficit de atenção, problemas de aprendizagem, hiperatividade, transtornos emocionais e desajustes sociais.

A psicóloga Vanúzia Lima Silva, que coordena o espaço, conta que a atividade desenvolvida é a única alternativa gratuita na região para tratar esse tipo de problema. “Todos nós somos diferentes, embora nem todos estejamos preparados para aceitar essa realidade. Temos limitações que nos são próprias e aqui todas elas são respeitadas. Os clientes são tratados em sua particularidade”, afirmou.

O centro, fundado há 35 anos, é composto por uma equipe multiprofissional formada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, professores, auxiliares de psicomotricidade e reabilitação. Sua manutenção é através de recursos do governo federal.