VIDA URBANA
Cerca de 25% dos mortos por Covid-19 na Paraíba possuíam diabetes
Números também mostram que mais de 5% da população jovem paraibana é diabética.
Publicado em 14/11/2020 às 14:56 | Atualizado em 14/11/2020 às 16:52
Das mais de 3 mil vítimas da Covid-19 na Paraíba, cerca de 25,6% possuíam diabetes, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A porcentagem configura a doença como a de maior risco para óbito em pacientes com coronavírus, e chama ainda mais atenção neste sábado (14), Dia de Combate ao Diabetes.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também estima que 5,3% da população paraibana com mais de 18 anos tenha diabetes. São mais de 182 mil paraibanos convivendo com uma doença silenciosa, causada pela falta ou mau funcionamento da insulina na regulação da glicose no sangue.
O diabetes não tem cura, mas os avanços na medicina passaram a permitir que pessoas que têm a doença vivam por muitos anos, apenas com ajuda de medicamentos e ajustes na alimentação. A endocrinologsta Macia Brandeburski explica que, quando o metabolismo humano apresenta dificuldades para queimar o açúcar, surge o diabetes.
“Determinadas células precisam de insulina para captar essa glicose como os músculos, o tecido gorduroso, o tecido do fígado e algumas pessoas apresentam dificuldade nessa insulina, ou uma insulina que não funciona adequadamente e isso acarreta numa elevação dos níveis da glicose na corrente sanguínea e isso trará consequências para a pessoa portadora de diabetes”, explica.
Consequências e tratamento
Pessoas diabéticas podem ter complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Os "picos" de glicose podem ter como consequência, também, AVC, cegueira, baixa capacidade de cicatrização e, em casos mais graves, pode levar à morte.
O principal tratamento contra o diabetes consiste no uso diário de insulina, aliado ao exercícios físicos. As doses de insulina, no entanto, precisam ser prescritas pelo médico responsável, e pode variar conforme os tipos de diabetes; são eles:
- Tipo 1: acomete em sua maioria crianças e jovens e se configura como um quadro autoimune, com sintomas agudos - muita vontade de urinar e beber água, alterações de humor e perda excessiva de peso.
- Tipo 2: mais frequente em adultos e obesos, tem componente familiar e seu início é mais lento - o que dá brechas para o surgimento de infecções (cardíase)
- Tipo 3: o chamado 'diabetes gestacional', apresentado mediante alteração hormonal registrada em gestantes.
A alta ingestão de açúcar pode estar associada ao surgimento do diabetes, e a doença é evitada, principalmente, com controle de peso, alimentação saudável e prática de exercícios físicos. O acompanhamento médico também é essencial no combate à doença.
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