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VIDA URBANA

Cerca de 30 pessoas são mortas em presídio de Roraima

Segunda chacina em presídios do Norte do Brasil na mesma semana.

Publicado em 06/01/2017 às 14:11

Ao menos 33 presos da Penitenciária Agrícola de Monte Crista (Pamc), em Boa Vista, Roraima, foram mortos nesta sexta-feira (6). Para o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, as mortes foram um "acerto de contas" entre integrantes da mesma facção, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, o tumulto na unidade começou durante a madrugada. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar entraram no presídio no começo da manhã e a situação já está sob controle. As autoridades estaduais ainda não divulgaram detalhes sobre o que aconteceu.
O ministro da Justiça, Alexandre Morais, nega que as mortes em Roraima foram "uma retaliação" do PPC a outra facção, Família do Norte (FDN), após a chacina ocorrida em presídio de Manaus, que resultou na morte de 56 presos. As duas organizações criminosas disputam o controle do tráfico de drogas no interior das unidades prisionais do Amazonas. “Segundo dados que me foram passados, desde as últimas rebeliões [no presídio de Roraima] houve a separação das facções nesse presídio. Todos [os mortos naquele presídio] eram ligados à mesma facção, que é o PCC. Dos 33 mortos, três eram estupradores e os demais eram rivais internos que haviam traído os demais. Então, na linguagem popular, trata-se de um acerto de contas interno”, disse o ministro, ao ressaltar a gravidade do caso.
Diante do ocorrido, Moraes vai ainda hoje a Roraima para se reunir com a governadora do estado, Suely Campos. O ministro negou que a situação do presídio do estado tenha saído do controle, mas admitiu se tratar de uma situação difícil. “Roraima já teve problemas no segundo semestre do ano passado, com 18 mortes em consequência de rebeliões. [No que se refere] à questão de termos rebeliões ou mortes, talvez tenha sido um grande erro cuidar apenas do problema”, disse.
As mortes em Roraima ocorrem na mesma semana em que 60 presos foram assassinados em estabelecimentos prisionais do Amazonas. O governo federal anunciou ontem o Plano Nacional de Segurança Pública para tentar reduzir o número de homicídios dolosos e feminicídios; promover o combate integrado à criminalidade transnacional e a racionalização e a modernização do sistema penitenciário.
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Jornal da Paraíba

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