VIDA URBANA
CG faz campanha para verificação de hepatite
Campanha para ampliar o diagnóstico da hepatite foi iniciada nesta segunda-feira (23) e estenderá até a próxima sexta-feira (27).
Publicado em 24/07/2012 às 6:00
A Paraíba registrou 1.797 casos de hepatites virais nos últimos 3 anos, segundo dados apresentados pela Secretaria de Saúde do Estado. De 2009 até o primeiro semestre deste ano foram identificados 1.087 pessoas que contraíram o tipo A da doença, enquanto que os tipos B e C apareceram em 451 e 259 pacientes, respectivamente. Desses três tipos, apenas a primeira é que atinge a população infantil, enquanto que as demais em adultos.
Como os sintomas da hepatite A aparecem mais facilmente, a preocupação maior é com as pessoas que acabam infectadas pelas dos tipos B e C, que segundo os especialistas são consideradas doenças silenciosas. Foi assim que classificou a gerente de vigilância epidemiológica de Campina Grande, Elília Pombo, que explicou que essas duas variações da enfermidade podem ser transmitidas a partir relações sexuais sem proteção, durante a gestação e o compartilhamento de material para uso de drogas.
“Essas doenças são perigosas porque o portador pode descobrir que possui a doença com até 10 anos após o contágio, por isso é que seus sintomas são muito silenciosos. Pelas pessoas ainda não possuírem o hábito de fazer os testes de triagem, onde detectamos se elas possuem algum sintoma que leve à hepatite, nós acabamos sem saber realmente quantas pessoas estão contaminadas com o vírus”, destacou a epidemiologista.
Para ampliar o número de testes na população acerca da hepatite, foi iniciado ontem pela manhã, e se estenderá até a próxima sexta-feira, uma campanha de verificação rápida do vírus da doença feita pelo Serviço de Saúde de Campina Grande.
Como no próximo sábado é celebrado o Dia Mundial de Combate à Hepatite, além da campanha educativa que está sendo feita nos postos de saúde dos bairros, o laboratório de referência do município estará realizando testes nos usuários para verificar o contágio da doença.
“A média de pessoas contaminadas em Campina Grande é de 20 pessoas por ano. O que sabemos que não conduz com a realidade de uma cidade com mais de 400 mil habitantes. Para aquelas pessoas que são portadoras da doença, nós temos uma equipe para realizar a vacinação. Agora, o que precisamos buscar cada vez mais é levar a informação às pessoas sobre a doença, já que muita gente ainda não se deu conta do perigo que a hepatite leva à saúde”, acrescentou Elília.
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