VIDA URBANA
CG já registra 90 casos de tuberculose em 2011
Palestras e seminários marcam o 'dia da luta contra a tuberculose' em Campina Grande, onde 90 casos da doença já foram registrados.
Publicado em 17/11/2011 às 6:30
Até o último mês de outubro foram identificados em Campina Grande 90 casos de tuberculose - em 2010 foram 141 - segundo a coordenadora do Programa de Tuberculose e Hanseníase da Secretaria Municipal da Saúde de Campina Grande, Jane Eire Rocha. Para lembrar a importância do combate a essa doença, é comemorado nacionalmente hoje o Dia de Luta Contra a Tuberculose.
Em Campina Grande, começa hoje, e segue até amanhã, uma programação alusiva a essa data que vai oferecer a seminários e palestras sobre a doença, além de capacitação para estudantes dos cursos de medicina, enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia e farmácia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
A programação é também voltada para professores do Projeto de Educação para o trabalho (PET) do município. O evento terá início a partir das 9h e será realizado no auditório da Vila do Artesão, localizada na rua Aristides Lobo, no bairro do São José.
A gerente da Vigilância Epidemiológica de Campina Grande, Elília Maria Pombo vai apresentar as metas propostas pelo Ministério da Saúde (MS) para o controle da doença. "Essas metas fazem parte de programa do governo federal que deve ser seguido por todos os municípios", informou Elília Maria.
Diagnosticar pelo menos 20% dos casos de tuberculose, curar 85% dos casos diagnosticados estão entre as metas do MS, que serão executadas em Campina Grande, segundo a gerente de Vigilância.
“Hoje, cerca de 70% dos casos diagnosticados com a doença são curados, queremos aumentar esse número de cura”, enfatizou.
A coordenadora do Programa de Tuberculose, disse que um dos principais problemas para a cura da doença é a falta de compromisso do próprio portador.
“Assim que identificamos o portador da tuberculose, encaminhamos para o tratamento que dura seis meses, muitas vezes as pessoas não terminam esse tratamento e continuam com a doença causando risco de transmitir para outras pessoas”, explicou Jane Rocha.
Depois de 15 dias de tratamento, o portador da doença já não oferece nenhum risco de transmissão, mas é necessário que o tratamento seja concluído, para que haja a cura, acrescentou a coordenadora do Programa de Tuberculose. Ela disse ainda que em Campina Grande a maioria dos casos são vistos em pessoas do sexo masculino, com idade entre 20 e 40 anos.
Os causadores da doença são diversos, como baixa imunidade do portador, fatores ambientes, que aceleram a contaminação, como lugares com pouca luz e sem ventilação, contato com algum portador, má alimentação e dormir mal, explica Jane Rocha. Ela enfatiza também que a doença tem cura e o tratamento é gratuito.
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