CG oferece 7,3% de reajuste; servidores decidem hoje se aceitam

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Depois de duas horas de audiência entre o prefeito de Campina Grande e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), a prefeitura anunciou na segunda-feira (30) reajuste salarial de 7,3% para os servidores municipais que recebem acima de um salário mínimo.

O aumento seria dado a partir da data-base do funcionalismo, dia 31 de maio, e provocaria impacto de R$ 460 mil aos cofres municipais. A proposta será discutida em uma assembleia geral dos servidores, marcada para as 9h desta terça-feira (31), no Sesc-Centro.

Com o reajuste, de acordo com o prefeito Veneziano Vital do Rêgo, o município chega a um patamar de comprometimento de 53% do orçamento com o pagamento de folha de pessoal, quando o limite máximo estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54%.

“Estamos oferecendo o máximo possível dentro da nossa condição financeira. Isso fica demonstrando pelo fato de que a repercussão sobre a folha salarial será de quase meio milhão de reais mensalmente. Neste reajuste, também temos um ganho real acima da inflação acumulada nos últimos doze meses”, justificou o gestor municipal.

Plano de Cargos

Durante o encontro também foram discutidos a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Saúde, o piso salarial do magistério, acréscimos relativos a insalubridade de algumas categorias e ascensão funcional. O presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, que defende aumento de 40%, prometeu debater a proposta do governo com a categoria.

“Iremos ouvir a categoria e os servidores decidiram se aceitam ou não a proposta”, observou. Com o reajuste um médico, por exemplo, que recebe R$ 3.060,00 mensais de salário-base passa a receber R$ 3. 283,00. Já um professor com nível superior que tem salário-base de R$ 795,00 irá receber R$ 853,00.

O prefeito Veneziano Vital alertou que não possui condições de atender às reivindicações propostas pela comissão designada para elaborar o plano.

Os servidores da Saúde de Campina Grande estão de greve desde o dia 8 do mês passado. Na semana passada, porém, o Tribunal de Justiça (TJ) da Paraíba decretou a ilegalidade do movimento.