Chuva derruba árvores

Três árvores caíram e duas casas foram demolidas ontem por equipes da Defesa Civil, no segundo dia consecutivo de chuvas intensas em João Pessoa. As moradias ficaram condenadas após uma queda de barreira, ocorrida na noite de segunda-feira, na Comunidade Saturnino de Brito, no bairro de Jaguaribe. Elas foram derrubadas para que não fossem novamente ocupadas pelas famílias.

Os motoristas também enfrentaram alagamentos em diversas ruas de João Pessoa e alguns chegaram até a perder a placa dos veículos. Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa/PB), as chuvas deverão ser intensas hoje também.

De acordo com a meteorologista da Aesa, Carmem Becker, desde a madrugada do último domingo está chovendo, de forma quase ininterrupta, na região metropolitana de João Pessoa. Ela explicou que o período chuvoso está sendo intercalado com pequenas pausas e que a tendência é que esse clima se prolongue pelas próximas 24 horas. “Os fatores que influenciaram no aumento das chuvas estão diminuindo, mas ainda permanecem intensos. Existe, por exemplo, muita umidade no ar, o que favorece o surgimento de chuvas”, detalha.

Nas primeiras horas da manhã de ontem, os comerciantes e proprietários de um bar, no bairro da Torre, foram surpreendidos com a queda de uma árvore de aproximadamente dez metros de altura. Pertencente à espécie “Ficus”, ela não suportou o peso da copa com a chuva e tombou por cima de um poste. As duas estruturas ficaram apoiadas uma sobre a outra.

Equipes da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam/JP) foram ao local, mas precisaram acionar os técnicos da Energisa (empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade). O motivo é que os galhos ficaram entrelaçados com os fios de alta tensão que passam pelo local.

Segundo o coordenador dos trabalhos de Botânica da Semam, Anderson Fontes, a árvore estava sadia, mas tombou em virtude das condições do plantio. Ele explicou que a espécie 'Ficus' possui uma raiz que precisa de oxigenação. “Quando as pessoas plantam esse tipo de árvore na calçada e pavimenta a área em volta, ocorre um bloqueio na respiração da raiz. Com o tempo, ela tende a cair”, detalha.

“Por isso, a população deve acionar as equipes da Semam, sempre que desejar plantar alguma árvore na calçada. Só assim haverá condição de se orientar qual a espécie indicada para o tipo de área disponível”, completou.

As outras duas quedas de árvores ocorreram no Conjunto de Cidade Verde e no bairro do Geisel. No entanto, não houve vítimas.