Chuvas derrubam números de notificações de dengue na Paraíba

Em apenas um mês, a Paraíba conseguiu reduzir em 72,5% o número de notificações de dengue, já que em junho deste ano foram 2.997 casos notificados, enquanto que no mês passado houve 822 registros. Para a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a redução pode estar associada ao período chuvoso, já que a infestação do mosquito é mais intensa no verão, por isso orienta a população que se mantenha em alerta quanto à proliferação do mosquito transmissor, Aedes aegypti. Apesar disso, 80 municípios estão em situação de risco para a doença.

Os dados são 7º boletim epidemiológico, referente ao período de 1º de janeiro a 25 de julho de 2015, que corresponde à 29ª semana epidemiológica e foram divulgados na manhã de ontem pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES.

Segundo a gerente executiva da Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega, é no verão que acontece a maior infestação do mosquito, devido ao clima que propicia a eclosão dos ovos. “Apesar da redução dos casos notificados, todos os municípios devem manter a vigilância do controle do mosquito causador da dengue, tendo em vista que o resultado do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), realizado em julho, sinalizou que em 80 municípios há situação de risco para a dengue”, informou.

De acordo com Renata Nóbrega, durante o mês de julho, 215 municípios realizaram o 3º levantamento de índices, através do LIRAa e do Levantamento de Índice Amostral (LIA), que é feito somente em municípios que possuem até dois mil imóveis. Conforme com esses dados, 80 (35,8%) municípios estão em situação de risco para surto, como Campina Grande e outras cidades do interior do Estado.

Outros 99 (44,3%) municípios paraibanos estão em situação de alerta, 36 em situação satisfatória (16,14%) e oito (3,5%) não informaram os resultados de LIRAa e LIA.

OUTRAS DOENÇAS

Outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti é a febre Chikungunya, que até 29ª semana epidemiológica, foram notificados onze casos suspeitos na Paraíba, sendo um em Pombal, um em Alhandra, um em Campina Grande, dois em Umbuzeiro, um em Coremas, três em João Pessoa, um em Rio Tinto e um em Cajazeiras. Destes, cinco casos foram descartados e seis estão em investigação, aguardando resultado. Segundo a SES, todo caso suspeito de Chikungunya é de notificação compulsória (obrigatória) imediata e deve ser informado, em até 24 horas, ao município, Estado e União, podendo ser feita pelo telefone 0800-281-0023.

Já para o Zika vírus, a SES ainda está em fase de implantação das unidades sentinelas da doença, conforme preconiza o Ministério da Saúde. A Rede Sentinela será composta por unidades de saúde (chamadas de unidades sentinela), que identificam, investigam e notificam, quando confirmados, os casos. Em relação à Guillain Barré, no mês passado foram notificados sete casos suspeitos no Estado, sendo quatro do sexo masculino e três do sexo feminino, cuja faixa etária varia entre 21 a 72 anos. Até o momento, nenhum dos casos teve correlação comprovada com dengue, zika e/ou Chikungunya.