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VIDA URBANA

Ciclovias são insuficientes na PB

Prefeitura Municipal de João Pessoa quer ampliar de 45 km para 100 km a malha de ciclovias na capital por meio do Plano Cicloviário.

Publicado em 25/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 31/01/2024 às 17:39

João Pessoa possui atualmente 45 quilômetros (km) de ciclovias e ciclofaixas distribuídas em diversos pontos da cidade, com destaque para a orla marítima, onde se concentra o maior número de ciclistas praticando o esporte. Para a população, as rotas exclusivas para bicicletas são insuficientes e precisam de mais atenção por parte do poder público. A proposta da Prefeitura Municipal de João Pessoa é ampliar essa malha viária de bicicletas para 100 km, por meio do Plano Cicloviário, que está em desenvolvimento.

O engenheiro civil Valdemar Torii, 62 anos, costuma pedalar na ciclovia da orla, mas reclama da interrupção da faixa destinada a ciclistas em alguns trechos e sugere melhorias. “Pedalar no espaço exclusivo para bicicletas é muito bom, mas aqui não há uma cultura de respeito ao ciclista, onde é preciso estender a pista por outros pontos, porque há trechos em que não tem e precisamos pedalar pela calçada, pondo em risco a segurança dos pedestres. Então, ampliar as ciclovias é ideal, principalmente em outros locais da cidade para quem depende da bicicleta para trabalhar e acaba se arriscando entre os carros porque não tem pista exclusiva”, declarou.

O pensamento do engenheiro é compartilhado por outros ciclistas, como o presidente do movimento 'Pedal Jampa', André Nascimento, que ressalta que é preciso bom senso entre gestão pública e população. “Falta ordenamento no que diz respeito aos ciclistas. Os órgãos públicos precisam fazer sua parte, ampliando as ciclofaixas e ciclovias e promovendo campanhas educativas em respeito ao ciclista, mas a população também precisa se conscientizar e manter a distância de segurança entre veículos e bicicletas, que é de 1 metro e meio”, ponderou.

Nos dias 26 e 27 do mês passado, foi realizado o 1º Seminário Metropolitano de Mobilidade Urbana, na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Arte, Altiplano, para discutir alternativas e soluções para melhorar a mobilidade na Grande João Pessoa.

Entre as propostas debatidas foi abordada a necessidade de adequar as pistas para ciclistas com a criação do plano cicloviário, que segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), está em desenvolvimento.

Em 2013, a Semob realizou uma pesquisa cicloviária para saber a origem e destino das pessoas que utilizam bicicleta na cidade para tomar conhecimento da realidade desse grupo e adotar as medidas necessárias para o melhoramento das ciclovias. De acordo com o diretor de Operações da Semob, Cristiano Nóbrega, a cidade conta com 45 km de ciclovias e ciclofaixas, mas que com o Plano Cicloviário serão ampliadas para 100 km.

“Atualmente, a população desfruta de pistas exclusivas para ciclistas no acesso aos bairros Valentina e Mangabeira, nas avenidas Hilton Souto Maior (José Américo/Mangabeira) e Governador Antônio da Silva Mariz (Altiplano), entre outros locais, além da orla”, afirmou.

Também no ano passado, a prefeitura transformou a ciclofaixa da orla em ciclovia com um canteiro construído para delimitar melhor o espaço do ciclista, trazendo segurança para quem trafega de bicicleta. Ainda implantou a Ciclofaixa de Lazer aos domingos, que vai do Busto de Tamandaré, entre as praias de Cabo Branco e Tambaú, até o Parque Solon de Lucena (Lagoa).

SAIBA MAIS

A ciclovia é um espaço segregado exclusivo para ciclistas. Existe uma separação física que isola as bicicletas dos outros veículos. Essa separação pode ser feita com grades, muretas, blocos de concreto ou outros tipos de isolamento fixo. Ao contrário da ciclovia, as ciclofaixas não possuem uma separação física e fixa. Normalmente a separação ocorre por faixas pintadas no chão e a utilização de 'gelo baiano', por exemplo.

CAMPINA GRANDE: MAIS ESPAÇO PARA CICLISTAS

Quando a Prefeitura de Campina Grande iniciar o projeto do binário que vai reformar as avenidas Assis Chateaubriand, Aprígio Nepomuceno e Juscelino Kubitschek, previsto para iniciar a obra este ano, o plano cicloviário da cidade deverá dobrar seu tamanho atual, que é de quase dez quilômetros distribuídos em três localidades. Pelo menos é essa a estimativa que a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP) faz, uma vez que o trecho escolhido para ganhar o novo espaço para ciclistas é onde há grande circulação de bicicletas pela presença de indústrias no município.

Atualmente, as ciclofaixas da cidade estão localizadas no entorno do Açude Velho, Parque da Criança, além das duas vias do Canal do bairro de Bodocongó, e reservam áreas exclusivas apenas aos domingos. Contudo, este último local também é usado diariamente das 5h às 7h por ciclistas profissionais que treinam para competições. De acordo com Alex Marcolino, gerente de transportes da STTP, um dos motivos do município ainda não ter uma grande área de cobertura são as ruas estreitas que não foram projetadas para esse tipo de equipamento.

“Temos muitas dificuldades para integrar ao plano de mobilidade urbana da cidade as ciclofaixas, já que a nossa realidade não é de preparo das ruas para esse tipo de espaço. Como nossas vias foram pensadas há muitos anos e executadas de forma muito estreita, isso dificulta a adequação desse projeto. Nós implantamos primeiramente nos locais onde havia uma facilidade maior. Quando o projeto do novo binário estiver pronto, já temos a certeza de instalação desses espaços que serão permanentes, já que é uma área da cidade onde há uma circulação grande de trabalhadores que utilizam esse meio de transporte diariamente”, confirmou Alex.

O projeto do novo binário da cidade deverá superar a marca de dez quilômetros de extensão, contando com as duas mãos, e integra uma área de circulação que compreende os bairros de São José, Catolé, Liberdade, Jardim Paulistano e Cruzeiro. A partir dessa integração, a STTP aponta que dará continuidade na destinação de outras áreas para a implantação das ciclofaixas a partir de um estudo detalhado que aponta onde são as áreas que necessitam mais desse aparelho de mobilidade.

“Pensamos em posteriormente também implantar na Avenida Dinamérica, mas para isso nós vamos desenvolver um projeto que analise a real necessidade da ciclofaixa. Nessa área em específico, nós fizemos uma sinalização vertical, mas apenas como experiência. O que podemos garantir é que à medida que as vias do município forem melhoradas, ganhando mais espaço e possibilidade de instalação das ciclofaixas, nós vamos garantir a utilização desse espaço para a segurança dos usuários”, destacou Alex Marcolino. (Givaldo Cavalcanti)

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Jornal da Paraíba

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