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VIDA URBANA

Cidades do interior não têm carteiros suficientes

Sobrecarga de trabalho e terceirização do serviço são denunciados por sindicato. Apenas 450 carteiros atendem os 223 municípios paraibanos.

Publicado em 07/03/2012 às 6:30


Correspondências que chegam com atraso ao destino, faturas de pagamentos de contas entregues após o prazo de vencimento.

Essas são apenas algumas das queixas de quem depende do atendimento dos Correios S/A na Paraíba. Com apenas 450 carteiros para atender aos 223 municípios do estado, o número deveria ser pelo menos o dobro. Parte dos serviços também é realizada por profissionais terceirizados.

A informação é do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira dos Correios (Sintect-PB), que além de confirmar a sobrecarga de trabalho por que passa os profissionais também denunciou a terceirização do setor. De acordo com o assessor da Sintect-PB, Tony Sérgio Rodrigues Cavalcanti, apenas em João Pessoa, onde se concentra a maior parte da população na Paraíba, sendo 723.515 habitantes, são apenas 165 carteiros distribuídos em cinco Centros de Distribuição Domiciliar (CDD) e 33 postos de entrega. Em Campina Grande, são 80 carteiros.

Segundo o Sintec-PB, a maior parte das cidades do interior do Estado não têm carteiros. O problema é mais frequente em municípios com população com até 15 mil habitantes, a exemplo de Pitimbu, no Litoral Sul, Baía da Traição, Litoral Norte, e Marizópolis, Sertão paraibano.

Mesmo quando as cidades possuem agências, os trabalhadores são terceirizados e acumulam funções. “Em geral, nos pequenos municípios do interior, a pessoa que trabalha nos Correios é contratada para a função de atendente comercial e atende no Banco Postal, porque a agência é correspondente bancário, trabalha ainda nos serviços dos Correios e ao fechar a agência ainda entrega as cartas”, frisou o sindicalista.

O agravante, denuncia o sindicato, é que a terceirização é irregular. “Se não bastasse o assédio moral que permeia os setores de trabalho da empresa, a terceirização dentro do serviço, ilegal já que esta é a atividade fim dos Correios, vem aumentando, os distritos continuam a crescer e as contratações não acontecem, apesar da existência do concurso”, conta Cavalcanti. “Fizeram concurso, mas o número chamado foi insuficiente”, declara.

Para o morador do bairro de Mangabeira, na capital, onde está localizado o maior número de residências, o problema do serviço precário é ainda mais acentuado. “Esse crescimento vertical da região tem deixado ainda mais caótica a situação de bairros como Mangabeira e Bancários, que continuam com a mesma quantidade de carteiros. Por conta disso, faturas que chegam com atraso são constantes”, afirma.

No entanto, conforme explica o Sérgio Cavalcanti, em cidades de menor porte a situação é ainda mais complexa, já que falta pessoal qualificado para distribuir as correspondências. Uma das soluções encontradas pelos usuários é ir pegar as cartas e contas na própria agência dos Correios de sua cidade.

A Empresa de Correios e Telégrafos (ETC) afirma que a mão de obra terceirizada é contratada temporariamente para suprir uma demanda específica, como o afastamento de um funcionário por licença médica ou para complementar o atendimento em cidades de pequeno porte.

Em relação ao número de carteiros, a ECT informou que a quantidade só pode ser aumentada após um estudo prévio de necessidade de demanda, feito anualmente. Em outubro do ano passado foram contratados na Paraíba, através de concurso público, 140 novos carteiros.

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Jornal da Paraíba

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