VIDA URBANA
Cidades da PB montam barreiras para avaliar saúde de ambulantes vindos do Sul e Sudeste
Prefeito de Patos afirma que, até sábado, 400 vendedores ambulantes devem passar pela cidade.
Publicado em 24/03/2020 às 16:40 | Atualizado em 25/03/2020 às 8:09
Prefeituras do Sertão paraibano têm adotado nos últimos dias, medidas como a instalação de barreira sanitárias, na tentativa de monitorar o fluxo de pessoas que entram nas cidades e evitar a proliferação do novo coronavírus. Em Patos e São Bento, por exemplo, a preocupação dos prefeitos é pela quantidade de vendedores ambulantes, espalhados por várias regiões do Brasil, que estão voltando para suas casas, devido ao processo de isolamento social e, consequentemente, a baixa nas vendas dos produtos que comercializam.
Na noite desta segunda-feira (23), a Prefeitura de Patos montou uma ‘barreira epidemiológica’ e identificou pessoas que moram em cidades do Sertão, mas que estavam trabalhando como vendedores ambulantes em estados como Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Os bloqueios abordam pessoas que tentam entrar na cidade pelas rodovias PB-262, que liga Patos à divisa com Pernambuco, e BR-361, que dá acesso ao Vale do Piancó.
Os municípios de Brejo do Cruz e São Bento, que são famosos pela fabricação e exportação de redes, também montaram barreiras por estarem recebendo vendedores que estão retornando às suas cidades.
“A previsão é que, até o fim de semana, entrem em Patos aproximadamente 400 pessoas, que estão vindo das regiões Sul e Sudeste. Estamos mantendo contato com algumas pessoas pelas redes sociais, que estão informando o seu itinerário de viagem. Um vendedor entrou em contato conosco e com ele, são cerca de 100 pessoas, que devem passar por Patos até o sábado”, disse Ivanes Lacerda, prefeito de Patos.
Em grupos de redes sociais com pessoas do Sertão, já estavam sendo compartilhados áudios e vídeos de supostos vendedores ambulantes, que estariam voltando das regiões Sul e Sudeste para o interior da Paraíba. Inclusive, em alguns destes materiais, havia relatos de supostas agressões que os paraibanos estavam sofrendo, pois as pessoas achavam que elas estavam contaminadas pelo novo coronavírus.
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