VIDA URBANA
Cinco pessoas são presas por facilitar venda de celulares no PB-1
Produtos eram comercializados com carregadores a R$ 20 mil.
Publicado em 19/09/2018 às 13:48 | Atualizado em 19/09/2018 às 17:51
Pelo menos cinco pessoas foram presas em flagrantes nesta quarta-feira (19) sob a acusação de fazerem parte de uma uma organização criminosa compostas por agentes penitenciários e populares para comercialização de celulares no Presídio de Segurança Máxima PB-1, em João Pessoa. Os envolvidos devem ser indiciados por corrupção ativa e passiva, lavagem ou ocultação de ativos financeiros e participação em organização criminosa.
A ação faz parte da Operação Black Friday, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estado da Paraíba, em atuação conjunta com a Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (DECCOR) e o Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretária de Administração Penitenciária (GISOP).
Segundo informações do Gaeco, as investigações apontam que os aparelhos celulares eram comercializados por diversos agentes penitenciários aos presos, no valor de R$ 15 mil. Já os carregadores eram comercializados por R$ 5 mil.
"É de domínio público que a entrada de celulares e similares nos estabelecimentos penais é hoje, sem dúvida, um dos mais graves e complexos problemas que desafiam a Administração Penitenciaria e o sistema de justiça, invariavelmente, utilizados como instrumentos eficazes de orientação e coordenação de práticas ilícitas pelas organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios, esses aparelhos adquiriram, ao longo dos anos, status de armas poderosas nas mãos de criminosos, inclusive o presente esforço busca aclarar se tais celulares comercializados foram utilizados no planejamento do resgate de presos ocorridos no dia 9 de setembro último", destaca Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco.
Dentro do presente esforço, o detento Livaci Muniz da Silva, conhecido como ‘Galeguinho’, foi transferido para o presídio de Porto Velho, em Rondônia. Ele é um dos quatro presos que teriam motivado a ação de resgate no PB1 no último dia 9 de setembro.
Mais detalhes da operação serão prestados em uma coletiva à imprensa às 15h, na Secretaria de Administração Penitenciária.
Comentários