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VIDA URBANA

Cirrose faz 26 vítimas por mês na Paraíba

Apesar do alto índice de mortes no primeiro semestre deste ano, dados revelam redução de 21% em comparação ao ano anterior.

Publicado em 17/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:30

Somente nos primeiros seis meses deste ano, 158 pessoas morreram na Paraíba vítimas de cirrose e doenças crônicas do fígado, uma média mensal de 26,3 óbitos, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Especialistas apontam o consumo excessivo de álcool como principal causa da doença. SES disponibiliza tratamento no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.

Apesar do alto índice de mortes ocorridas no primeiro semestre deste ano, por conta da cirrose, os dados revelam uma redução de 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou 200 óbitos pelo mesmo motivo. Ano passado, 415 paraibanos morreram vítimas da doença.

De acordo com a gastroenterologista Maria Amorim, a cirrose é uma doença crônica do fígado caracterizada por fibrose (formação de excesso de tecido conjuntivo fibroso) e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. “A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções normais auxiliar na manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e alguns medicamentos, entre outras substâncias. Ela (doença) é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer mulheres”, explicou.

Maria Amorim disse que a ingestão de bebidas alcoólicas de forma exagerada é a principal causa da cirrose. “O abuso do álcool é a principal causa da cirrose, pois o fígado é responsável pela metabolização dessa substância, e quando exposto a doses excessivas de álcool, sofre danos em seus tecidos vitais que comprometem seu funcionamento. Entretanto, as hepatites autoimune e dos tipos B e C, além do uso de determinados medicamentos também podem causar cirrose”, ressaltou.

O comerciante Everaldo Dias, 52 anos, assumiu que bebe todos os finais de semana, mas demonstrou preocupação ao refletir sobre a possibilidade de adquirir a doença. “Desde jovem que costumo tomar minha cervejinha nos finais de semana, mas como já estou com uma certa idade sei que tenho que diminuir essa frequência. Já pensou a gente ter uma situação para o lazer, para se distrair da rotina de trabalho e de repente virar uma doença? Tenho que aliviar porque ainda sou muito novo para morrer”, declarou em tom de brincadeira.

Segundo a especialista, os principais sintomas da doença são náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal, constipação (prisão de ventre), fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados, urina escura, perda de cabelo, inchaço nas pernas e ascite, que é a presença de líquido na cavidade abdominal.

Conforme a gastroenterologista, o diagnóstico precoce pode evitar complicações graves, até mesmo a morte. “Como a cirrose é um processo patológico irreversível, é importante fazer o diagnóstico precoce para poder iniciar o tratamento mais depressa possível, que poderá adiar ou até mesmo evitar complicações mais graves. Diante do diagnóstico é preciso eliminar o agente agressor, no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite. O transplante de fígado pode ser a única solução para a cura definitiva da doença”, sinalizou.

TRATAMENTO GRATUITO

Segundo a gerente operacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ivoneide Lucena, as pessoas que forem diagnosticadas com hepatites B e C podem ser tratadas, gratuitamente, no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.

“Implantamos um centro de tratamento assistido no Clementino Fraga para pessoas com hepatites B e C , onde terão acesso a uma equipe multiprofissional, que vai desde nutricionistas até psicólogos, para que o paciente seja acompanhado de forma integral, além de receber todo o tratamento medicamentoso. Esse acompanhamento acontece em média duas vezes por semana”, afirmou.

Ivoneide Lucena informou que por orientação do Ministério da Saúde também foi implantado, há dois meses, no mesmo hospital, o Programa IP (Inibidores de Protease), para as pessoas com casos mais evoluídos de cirrose e disse que atualmente João Pessoa é a única referência no tratamento, no entanto ressaltou que os medicamentos podem ser recebidos em outras partes do Estado. “Toda medicação é entregue nos Cedmex (Centros de Medicamentos Excepcionais). Mas para viabilizar o tratamento e facilitar esse acompanhamento integral, utilizamos o espaço do Clementino Fraga”, frisou.

Além disso, Ivoneide destacou que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas excessivamente também são orientadas preventivamente.

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Jornal da Paraíba

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