VIDA URBANA
Cirurgias atrasadas em Patos
Pacientes internados no Hospital Regional Janduhy Carneiro, em Patos, esperam até 14 dias para realização de cirurgias; lista de espera é extensa.
Publicado em 16/08/2012 às 6:00
Há exatos 14 dias internado na enfermaria do Hospital Regional Janduhy Carneiro, em Patos, Sertão, o autônomo Graciano Nazário da Silva espera por uma vaga no bloco cirúrgico para a retirada de duas balas que estão alojadas em um dos braços. Em situação semelhante está Antonio da Silva, que fraturou uma das pernas e está há 12 dias esperando por uma cirurgia. Esses são apenas dois dos muitos casos na unidade de saúde, que apesar do mutirão de procedimentos cirúrgicos que tem realizado, ainda não conseguiu eliminar a lista de espera no hospital.
De acordo com Silvia Ximenes, diretora do Hospital Regional, por conta da grande demanda que há na cidade de pacientes que chegam diariamente precisando fazer cirurgias, ainda não foi fechada a lista total de pacientes que aguardam o serviço, mas que desde a quinta-feira da semana passada, mais de 50 procedimentos estão sendo realizados para diminuir a quantidade de pessoas que estão há vários dias internadas nas enfermarias da unidade.
“De quinta-feira até o domingo passado, foram feitas 46 cirurgias (média de 11 por dia), entre ortopédicas, geral, vascular e amputação. Desde a última quarta-feira, mais 12 estão marcadas, o que está contribuindo para diminuir o número de pessoas que estão esperando na enfermaria. "O hospital nunca deixou de realizar os procedimentos, agora eles diminuíram por conta do problema que tivemos com os médicos, que reduziram os plantões”, explicou Silvia Ximenes.
Em contrapartida ao que afirmou a diretora, o paciente Graciano disse que desde a semana passada não vê nenhum médico cirurgião passando pela enfermaria para atendê-lo, nem tão pouco para marcar sua cirurgia. “Não passou ninguém por aqui para atender nem a mim nem ninguém. As enfermeiras é que chegam e dizem que vai ser hoje, ou amanhã, a gente fica de jejum, mas quando chega no dia eles dizem que não vai ser possível ser feita porque tem casos mais graves”, destacou.
Sobre as prioridades que são dadas a outros pacientes e que foram denunciadas pelo trabalhador que continua hospitalizado, Silvia confirmou que, dependendo dos casos que cheguem ao hospital, a equipe médica decide qual cirurgia será feita devido à gravidade. “Nós temos atendido muitos acidentes de moto, e são casos que remetem a procedimentos cirúrgicos. Por isso alguns acabam sendo feitos na frente de outros. Mas já tomamos conhecimento dos pacientes que estão esperando mais tempo e vamos resolver essa situação”, prometeu a diretora.
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