VIDA URBANA
Cobertura de quatro tipos de vacina apresenta redução na Paraíba
Vacinação contra hepatite B, poliomielite, BCG e pentavalente apresentação redução nos últimos cinco anos.
Publicado em 20/10/2020 às 19:13 | Atualizado em 21/10/2020 às 8:08
A cobertura vacinal contra doenças para a BCG, a hepatite B, a pentavalente e a poliomielite têm apresentado redução na Paraíba, de acordo com dados do Ministério da Saúde. De acordo com a coordenação estadual de imunização, vários fatores devem ser considerados, desde a não adesão da população aos esquemas vacinais como também as dificuldades no registro de doses dos sistemas de informação.
Em 2015, a vacina para BCG no estado (que protege contra formas graves de tuberculose) foi de 105,73%, enquanto que em 2019 foi de 94,62% - já este ano, os dados preliminares até setembro apontam que foi o estado alcançou, até o momento, 52,36% da meta. Já em relação à vacina contra a hepatite B, a cobertura em 2015 foi de 87,11%, tendo caído para 75%,29 em 2016, alcançando, em 2019, 86,66% da população; em 2020, esse número, se considerados os meses de janeiro a setembro, está em 49,11%.
A pentavalente, por sua vez, (fornecida pelo SUS, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria Haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta, segundo o Ministério da Saúde) foi a que apresentou maior queda: enquanto em 2015 a cobertura vacinal no estado atingiu 93,55%, em 2019 passou para 81,74% e, este ano, considerados os dados até o mês de setembro, a cobertura está em 57,66%. Por último, a cobertura vacinal contra poliomielite foi de 96,12% em 2015 e em 2019 de 91,89% - em 2020, até o mês de setembro a cobertura foi de 58,38%. Nesta segunda-feira (19), no entanto, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou que a Paraíba é o estado que tem a melhor cobertura da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite do Nordeste, ficando em 4º lugar no cenário nacional.
De acordo com nota do Ministério da Saúde, alguns fatores fazem parte deste processo, como a falsa sensação de segurança causada pela diminuição ou ausência de doenças imunopreveníveis; o desconhecimento da importância da vacinação por parte da população mais jovem – que cresceu com algumas doenças erradicadas pelo sucesso das campanhas de vacinação ao longo dos anos, e as falsas notícias veiculadas, especialmente nas redes sociais, sobre supostos malefícios que as vacinas podem provocar à saúde.
Ainda de acordo com o órgão, apesar de todos os anos serem distribuídas mais de 300 milhões de doses de imunobiológicos aos estados brasileiros, as coberturas vacinais têm apresentado redução.
Já de acordo com Isiane Queiroga, coordenadora estadual de imunização na Paraíba, o número de vacinações realizadas sofreu o impacto, este ano, também da pandemia do novo coronavírus. "Temos vários fatores a considerar, que vão desde a não adesão da população aos esquemas vacinais como dificuldades no registro de doses dos sistemas de informação. Para esse ano, tivemos mais o agravante da pandemia", disse.
Comentários