VIDA URBANA
Com greve decretada ilegal pelo TJ, policiais devem voltar ao trabalho
Coronel Maquir disse que a decisão deve ser cumprida e que não tem interesse de recorrer da ilegalidade. Mais detalhes serão divulgados em entrevista coletiva ainda nesta quarta (2).
Publicado em 02/03/2011 às 17:28
Da Redação
A greve da Polícia Militar e dos Bombeiros vai ser interrompida devido à liminar decretando sua ilegalidade, votada na tarde desta quarta-feira (2) no Pleno do Tribunal de Justiça. O presidente da Caixa Beneficente, coronel Maquir Cordeiro, garantiu que “decisão judicial é pra ser cumprida” e que os policiais irão retomar o trabalho.
Porém, ele informou que a decisão não foi bem recebida. “Queremos uma decisão pra motivar e estimular os companheiros. O policial não vai produzir o que ele é capaz de produzir porque um ato desse tira o entusiasmo do trabalho”, explicou.
De acordo com o coronel, além de voltar ao trabalho, os policiais também vão voltar à vigília em frente ao Palácio da Redenção. Quando perguntado se o comando de greve irá recorrer à decisão, o coronel não soube garantir. “Dependendo de mim, não, mas vamos resolver”, disse.
Segundo o ex-deputado Major Fabio, o posicionamento oficial das entidades será divulgada à toda imprensa em uma entrevista coletiva, às 18h.
Relembre
A ilegalidade da greve foi decretada na tarde desta quarta-feira (2) pelo Pleno do Tribunal de Justiça respondendo ao pedido da Procuradoria Geral do Estado da Paraíba. A multa, caso os policiais continuem a trabalhar, é de R$ 30 mil diários para as associações envolvidas na greve.
A greve teve início na última segunda-feira (28) exigindo o cumprimento do pacote de leis conhecidos como “PEC 300 da Paraíba”.
O Estado, por sua vez, alega falta de condições financeiras para pagar o reajuste nos salários e não há previsão de acordo entre as entidades que representam a Segurança Pública e o governo do Estado.
A decisão de greve foi tomada em assembleia, seguida de uma passeata pelo Centro da Capital, que foi marcada por explosões de bombas e atos de vandalismo por parte dos grevistas, como rasgar pneus de viaturas e tentar invadir o 1º Batalhão da Polícia Militar.
Com apenas três dias de greve, os policiais já causaram transtornos como o atraso do clássico BotAuto pelo campeonato paraibano, no último dia 28. A partida começou com 47 minutos de atraso porque o comando de greve da Polícia Militar levou embora parte do efetivo que faria a segurança do jogo no estádio da Graça.
O governo já providenciou quem fará a segurança do Estado durante os dias de greve e uma equipe da Força Nacional pode chegar à Paraíba ainda nesta quarta-feira (2).
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