VIDA URBANA
Combate às drogas é debatido em audiência na Câmara
Durante a solenidade, foi apresentado o Plano de Enfrentamento ao Crack na Paraíba.
Publicado em 16/12/2011 às 7:10
O combate às drogas foi tema de uma audiência pública realizada na manhã de ontem na Câmara Municipal de Campina Grande. Durante a solenidade, foi apresentado o Plano de Enfrentamento ao Crack na Paraíba, que prevê a criação de Unidades de Polícia Comunitária nos bairros onde estão situados 70 pontos dominados pelo tráfico de drogas em João Pessoa e Campina Grande.
De acordo com o pastor João Pereira Filho, diretor do Programa Estadual de Políticas sobre Drogas, já foram mapeados 47 pontos de venda de crack na capital, principalmente em bairros como Mandacaru e Rangel, e outros 23 em Campina Grande, em áreas como José Pinheiro, Pedregal e Jardim Paulistano.
O plano prevê ainda a criação de 232 leitos em hospitais de todo o Estado para o atendimento de usuários em estado crítico. A previsão é que no primeiro trimestre do próximo ano sejam criadas alas exclusivas para dependentes no Trauminha, na capital, e no Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande. “A gente vai andar em conjunto com a repressão qualificada, entrando com serviços sociais nas áreas atingidas pelo tráfico”, afirmou João Filho.
De acordo com o delegado regional de Campina Grande, Wagner Dorta, mais de 70 quilos de drogas foram apreendidos este ano pela Polícia Civil em Campina Grande, entre crack, maconha e cocaína. “A droga está na base da violência, principalmente o crack que é devastador e preocupa a polícia e a sociedade”, afirmou.
A audiência foi proposta pelo vereador Olímpio Oliveira e teve o objetivo de discutir projetos que incluam a cidade nos investimentos federais de enfrentamento ao crack, já que R$ 4 bilhões serão investidos a partir de 2012. “A nossa intenção é estabelecer uma rede de enfrentamento contra o crack focada na prevenção e no tratamento da dependência. Estamos focando no que já foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Queremos saber o que será feito para trazer os recursos para a Paraíba”, disse.
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