VIDA URBANA
Comerciantes fecham as lojas do Terminal Rodoviário de CG
Vendas são prejudicadas pelo baixo movimento de passageiros. Comerciantes preferem abrir apenas em períodos de maior fluxo.
Publicado em 14/03/2012 às 6:30
O baixo fluxo de passageiros no Terminal Rodoviário de Campina Grande Argemiro de Figueiredo, localizado no bairro do Catolé, tem refletido diretamente no setor comercial do local, uma vez que muitos estabelecimentos têm ficado de portas fechadas mesmo com mercadorias expostas e os locatários cumprindo contrato de aluguel junto ao Departamento de Estradas de Rodagens do Estado da Paraíba (DER). Ao todo, 24 lojas estão habilitadas para oferecer mercadorias aos passageiros que estão em trânsito no Terminal, mas atualmente metade delas não é aberta aos clientes.
Os principais motivos apontados pelos comerciantes são que, além da distância do Terminal em relação ao Centro da cidade, apenas uma empresa de ônibus urbano transporta passageiros até a rodoviária, além do transporte alternativo diminuir potencialmente o fluxo de pessoas que poderiam usar mais constantemente o local. Para piorar, outro ponto destacado como fator que não atrai as pessoas a utilizarem o terminal é o preço da taxa de embarque que é cobrada.
“A taxa de embarque custa R$ 1,50. Só que tem passagem que o valor é de R$ 2,00. Então, as pessoas preferem pegar o ônibus fora da rodoviária porque elas vão pagar mais barato. É um absurdo um passageiro pagar o mesmo valor de uma taxa de embarque para Queimadas, de quem vai viajar para o Rio de Janeiro”, explicou Gonzaga Matias de Figueiredo, que há 27 anos trabalha no local.
Um dos poucos que diariamente abre seu ponto para comercializar artigos de confecção e utilidades turísticas, seu Gonzaga, 57 anos, afirmou que a maioria das lojas está fechada já que os proprietários preferem abri-las apenas nos períodos de maior movimentação de pessoas na Rodoviária. “Movimento grande por aqui só tem no Carnaval, São João e fim de ano. Nos feriadões é que aumenta um pouco as pessoas que vão para João Pessoa, mas isso não faz muita diferença. Então tem pessoas que preferem abrir só nessas épocas, porque elas compensam. Já o restante do ano fica tudo fechado, mas com as mercadorias dentro”, acrescentou.
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