VIDA URBANA
Comum no verão: PB registrou 365 casos de conjuntivite na estação em 2015
Durante todo o ano passado, a doença fez 1.219 vítimas na Paraíba. Número é menor que o registrado em 2014.
Publicado em 17/01/2016 às 9:35
Com a chegada do verão, há o aumento de compartilhamento de piscinas e outros ambientes públicos, além da tendência a frequentar a praia e passar mais tempo exposto ao sol. Nesse cenário, também é maior o número de casos de conjuntivite, segundo alerta a oftalmologista Débora Pires.
“Nesse período as pessoas estão em maior contato com o sol, e consequentemente a defesa do próprio organismo diminui um pouco. Além do fator das pessoas estarem mais juntas, o que facilita a contaminação”, explica a médica.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em todo o ano passado foram registrados 1219 casos de conjuntivite na Paraíba, sendo 365 casos no verão. Já em 2014, foram 1.782 registros da doença e 660 deles aconteceram na estação mais quente do ano.
A conjuntivite é uma inflamação que atinge a conjuntiva, uma membrana no olho, e pode durar de uma semana a 15 dias e, de acordo com a SES, não costuma deixar sequelas.
A oftalmologista Débora Pires relata que há, realmente, uma procura maior de pacientes relatando esse tipo de inflamação durante o verão e que o tratamento varia de acordo com o agente causador. “Em uma conjuntivite transmitida por vírus, o tratamento é mais fácil de seguir. Podem ser feitas compressas geladas, de preferência com soro, e a higienização dos olhos com o próprio soro”, indica. “Já para a conjuntivite bacteriana, o paciente deve procurar um médico, que vai prescrever um antibiótico”, orienta.
Para diferenciar os dois tipos mais comuns de conjuntivite é preciso ficar atento aos sintomas. “Na conjuntivite viral, o que há mais é a vermelhidão e a hemorragia, enquanto na bacteriana há uma secreção maior, causada pela bactéria”, afirma a médica.
Além delas, há ainda a conjuntivite alérgica, que como o próprio nome diz, afeta pessoas propensas à alergia, como os portadores de rinite e bronquite. Esse tipo, além de não ser transmissível, registra mais casos em estações como primavera e outono, quando há muito pólen no ar. Ela também pode ser causada por um efeito adverso de medicamento.
Muitas pessoas tendem, ao serem diagnosticas com conjuntivite, a usar óculos escuros para não contaminar outras pessoas com a inflamação. Isso, para a oftalmologista Débora Pires, não passa de um mito.
“Elas fazem isso mais pela questão de conforto, porque a claridade incomoda, e para disfarçar a doença, escondendo o problema por trás dos óculos. A presença do acessório não inibe a transmissão. O ideal é que durante o período da inflamação, o paciente fique totalmente isolado das outras pessoas e peça atestado médico para faltar ao trabalho”, explica Débora.
Segundo a oftalmologista, os cuidados que as pessoas devem ter para se prevenir do problema são: sempre utilizar óculos escuros durante a exposição solar para proteger os olhos dos raios ultravioletas e higienizar bem as mãos, principalmente quando há contato com outras pessoas.
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