VIDA URBANA
Concessão de bolsas no Unipê será mais rigorosa
Outra exigência é que o interessado pertença a família comprovadamente carente e sem recursos para custear o pagamento integral da mensalidade.
Publicado em 04/11/2011 às 6:30
A decisão do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) de tornar mais rigorosa a concessão de bolsas de estudo está dividindo a opinião de alunos da instituição. O benefício prevê desconto de 25% a 50% nas mensalidades. Mas, a partir de agora, só será concedido ao estudante que tiver condição socioeconômica exigida pela Lei de Filantropia Nº 12.101 ou que participar de projetos de monitoria, pesquisa e extensão.
Na última segunda-feira, o Unipê divulgou, no próprio site, o edital de seleção para preencher 3,2 mil bolsas de estudo. Para concorrer, os alunos precisam estar com as mensalidades de julho, agosto, setembro e outubro quitadas. Outra exigência é que o interessado pertença a família comprovadamente carente e sem recursos para custear o pagamento integral da mensalidade.
O vice-reitor da instituição, Paulo Trindade Padilho, explicou que o processo está rigoroso para evitar que sejam cometidas injustiças na concessão das bolsas. “Estamos exigindo uma série de documentos que comprovem a real renda familiar do aluno, como recibo do pagamento de Imposto de Renda e certidões emitidas por contadores, em caso de pais que trabalhem de forma autônoma”, detalhou.
Ele acrescentou que a instituição está cumprindo à risca o que manda a Lei de Filantropia, que rege o processo de concessão de bolsas. “Somos gestores de um programa federal, que determina que 20% de nossa receita seja empregada em assistência educacional. Fazemos isso com a concessão das bolsas”, acrescentou.
De acordo com o vice-reitor, a cada seis meses, os alunos terão que apresentar documentos atualizados para comprovar se realmente ainda precisam da bolsa de estudo. A exigência tem a finalidade de garantir que o benefício seja mantido a quem realmente precisa.
“A concessão da bolsa é provisória. Um aluno pode ser carente por um tempo, mas o pai dele poderá assumir um bom cargo e passar a ganhar bem. Como também pode ocorrer o contrário: um estudante pode ter um padrão de vida elevado e não precisar da bolsa, mas o pai dele perder o emprego e ficar numa situação difícil”, acrescenta.
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