VIDA URBANA
Condenado no caso do estupro coletivo de Queimadas passa a cumprir pena em regime semiaberto
Apenado passa a cumprir pena na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira.
Publicado em 13/04/2018 às 15:00 | Atualizado em 13/04/2018 às 15:11
Um dos condenados pelo estupro coletivo no município de Queimadas foi autorizado, nesta quinta-feira (12), a cumprir a pena de 26 anos e seis meses em regime semiaberto. Com a decisão da justiça, Diego Rego Domingues tem 24 horas para ser transferido do presídio de Segurança Máxima PB1, onde cumpriu aproximadamente cinco anos e cinco meses, para a Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira, em João Pessoa.
A audiência que concedeu progressão, do regime fechado para o semiaberto, aconteceu no Fórum Criminal de João Pessoa e ficou determinado que Diego Rego deve permanecer na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira durante os fins de semana, nos feriados e, diariamente, das 20h às 5h. Nos sábados, ele também deve permanecer no presídio a partir das 13h.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012.Cinco mulheres foram estupradas e duas foram assassinadas, a professora Isabela Pajuçara e a recepcionista Michelle Domingos. Elas estavam em uma festa de aniversário em uma casa com dez homens.
Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, os estupros foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam chamado amigos para abusar sexualmente das mulheres convidadas para a festa de aniversário de Luciano. Segundo informações contidas no processo, o estupro coletivo seria um “presente” para o aniversariante.
Sete homens e três adolescentes envolvidos foram julgados e condenados pela Justiça. Em uma sentença com 107 páginas, a juíza Flávia Baptista Rocha, sentenciou o grupo de homens a cumprir pena de reclusão em regime fechado no presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Os três adolescentes cumpriram medidas socioeducativas e já estão em liberdade.
Eduardo Santos Pereira, acusado de ser o mentor do crime, foi condenado a 108 anos de prisão. A sentença foi anunciada pelo juiz Antônio Maroja Limeira Filho e ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros.
Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.
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