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VIDA URBANA

Conselhos contabilizam 86 casos

As vítimas de abuso sexual são geralmente crianças entre 3 e 11 anos e os casos começam no ambiente familiar dos abusados.

Publicado em 01/12/2013 às 8:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:26

Conforme o coordenador do Conselho Tutelar da região Sul de Campina Grande, Everton Luis Ferreira, as vítimas de abuso sexual são geralmente crianças entre 3 e 11 anos e os casos começam no ambiente familiar dos abusados. Ele explicou que os abusadores costumam atrair pela presteza e pelo afeto que demonstram ter pelas vítimas, muitas vezes conquistando com presentes, dinheiro ou apenas através de brincadeiras com a criança. Este ano foram detectados 86 casos de abuso sexual, até a semana passada, nos quatro conselhos da cidade.

Foi no Conselho Sul, onde estão localizados bairros como Liberdade, Cruzeiro, Jardim Paulistano e outros, onde foi registrado o maior número de casos, 33, este ano. Durante todo o ano passado, foram 22 casos de abuso sexual. “Os abusadores conquistam com presentes, dinheiro ou por brincar com as vítimas, se disponibilizando a cuidar, dar banho e atenção às mesmas. Quando as vítimas passam a achar o comportamento dos mesmos estranhos e/ou se recusam a 'brincar daquela forma' é quando, na maioria das vezes, surgem as ameaças”, explicou. Conforme disse, os abusadores geralmente são pessoas bem mais velhas do que os abusados e que moram só ou costumam ficar uma boa parte do dia sozinhos em casa.

Segundo informações da coordenadora do Conselho Tutelar da Região Oeste da cidade, onde estão localizados bairros como o Catolé, Soraya Moura, a situação pode ser considerada de abuso, independente do ato ser consumado ou não e as consequências podem variar de acordo com cada criança.

“Algumas crianças apresentam sinais de agressividade como defesa, outras demonstram a sexualidade aflorada visto que o desejo foi despertado, mas em sua maioria a criança apresenta, em princípio, sinais de isolamento, choro descontrolado, medo de estranhos, pesadelos etc. O trauma de um abuso sexual não superado, é um fantasma por toda vida”, constatou a conselheira.

Ela explicou que os agressores são, em sua maioria, pais ou padrastos, sendo mais viável a tomada de medidas necessárias para sanar o problema, quando a própria família é quem denuncia. “A família não se coloca como cúmplice da situação e quando advinda da comunidade fica mais difícil por encontrarmos barreiras ao começar a abordagem, pois o agressor é escondido pela família. Existem crianças que contam a situação em detalhes, mas outras precisam de um acompanhamento psicológico de imediato pela dificuldade de contar os fatos. Geralmente quando isso acontece, o abusador ameaça matar a família da criança”, acrescentou. No Conselho Tutelar Norte foram detectados 22 casos de abuso sexual e já no Conselho Tutelar Leste, 13 casos.

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Jornal da Paraíba

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