VIDA URBANA
Construção atrapalha expansão de aeroporto
Encontro discute ocupação urbana nas proximidades do aeroporto João Suassuna e como o problema pode afetar obras de expansão.
Publicado em 02/12/2011 às 6:30
As edificações erguidas em áreas próximas ao aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, atrapalham a expansão do local e poderá colocar em risco a implantação de futuros voos.
Segundo o superintendente da Infraero no município, Nilson Suassuna, “existem diversas situações ao redor do espaço que contrariam a legislação aeronáutica e colocam em risco o aeroporto a longo prazo, em termos de crescimento, desenvolvimento e implantação de novos voos”. Dentre estas edificações, estão o Lixão do Mutirão, as torres de transmissão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), alguns conjuntos residenciais e pequenas construções, que implicam em limitação de pousos.
Além disso, a presença de animais, principalmente aves, também cria problemas em relação à segurança de operação das aeronaves. Com objetivo de conscientizar autoridades municipais sobre as implicações decorrentes da ocupação no entorno do aeroporto, a Superintendência Regional da Infraero Nordeste realizou ontem, o I Seminário de Segurança de Voo na Paraíba.
De acordo com o superintendente Regional da Infraero no Nordeste, Fernando Nicácio, o seminário visa a evitar que novas instalações sejam colocadas na área de segurança aeroportuária, que é no raio de 20 quilômetros em torno do aeroporto. “Os empreendimentos devem ser analisados pela prefeitura para checar se estão dentro dos padrões, o plano diretor da cidade precisa estar em harmonia com o plano diretor do aeroporto”, explicou.
Durante o encontro, estiveram presentes representantes do Ministério Público, Prefeitura de Campina Grande, Sudema, Escola Superior de Aviação Civil (Esac) e Chesf. A Infraero fez um panorama dos riscos envolvendo o não cumprimento da legislação aeroportuária e apresentou as normas do plano da Zona de Proteção de Aeródromo.
“Queremos com esta ação evitar que novas construções possam trazer prejuízos incalculáveis ao município, como a perda da possibilidade de operação do aeroporto”, concluiu Nilson.
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