VIDA URBANA
Continuam casos de calazar no sertão da PB
Apesar das ações desenvolvidas mais um caso de Leishmaniose foi registrado este mês no município, bairro Cristo Rei é principal área de risco.
Publicado em 13/01/2012 às 6:30
Desde o ano passado, a Secretaria Municipal de Cajazeiras vem desenvolvendo ações para livrar os moradores da cidade da ameaça do calazar, também conhecida como leishmaniose visceral. Mesmo assim, os casos da doença continuam surgindo e a preocupação maior continua sendo o bairro do Cristo Rei.
Em 2011, foram seis casos registrados e duas crianças morreram em decorrência dessa doença. Mais um caso foi diagnosticado neste mês de janeiro, mas segundo a Diretoria Municipal de Vigilância e Saúde, a criança de 11 anos já está sendo tratada e não corre risco de morte. No final de dezembro, uma menina de 1 ano e 9 meses também desenvolveu a doença.
A diretora de Vigilância e Saúde, Cristina Carolino, disse que desde o ano passado está havendo o controle epidemiológico do mosquito transmissor e do sacrifício de cachorros infectados.
“No Cristo Rei, por exemplo, determinamos que fosse feita a investigação em 100% dos cães, pois essa é a principal área de risco da doença, devido às condições estruturais do lugar, onde o esgoto corre à céu aberto e a maioria das casas são de taipa ou sem reboco”, explicou.
Ela informou ainda que o plano de contingência, que prevê ações localizadas em quatro regiões da cidade a cada mês, deverá ser ampliada, a partir do envolvimento do setor de Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde.
Cristina Carolino contou que um dos empecilhos para se vencer a doença é a resistência de muitos donos de animais que não admitem o sacrifício dos cachorros, mesmo os exames clínicos tendo comprovado a contaminação. “Estamos tendo que recorrer a Justiça para garantir que possamos agir. Quando o exame dos cães dá positivo, eles precisam ser sacrificados porque a doença não tem cura em animais.”, contou.
O secretário de Saúde de Cajazeiras, Pablo Leitão, informou que dentro de 20 dias o município ganhará um canil público, para onde os cachorros capturados na rua serão levados e depois examinados.
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