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VIDA URBANA

Corpos de paraibanos mortos na Espanha ainda não foram liberados

Imprensa espanhola chegou a divulgar a liberação, mas familiares negam.

Publicado em 13/10/2016 às 11:24

Os corpos dos paraibanos Marcos Campos Nogueira e Janaína Santos Américo, e dos dois filhos deles, assassinados na Espanha, ainda não foram liberados para os familiares que estão na Europa acompanhando a investigação. A imprensa espanhola chegou a divulgar que a liberação já tinha sido autorizada pela Justiça local, no entanto, o primo de Janaína, Pedro Rafael, negou ao JORNAL DA PARAÍBA que isso tenha acontecido.

“Ainda estão tentando fazer essa liberação. Está na parte burocrática”, afirmou Pedro Rafael, que mantém contato constante com os parentes que estão na Europa. Ele também afirmou que a família ainda avalia se trará os corpos ou se fará uma cremação na Espanha, trazendo apenas as cinzas para o Brasil.

Além de parentes do casal, quem também está na Espanha é o advogado do único suspeito do crime, François Patrick Nogueira Gouveia, que é sobrinho de Marcos. De acordo com a imprensa espanhola, Eduardo de Araújo Cavalcante viajou junto com uma irmã do jovem para passar a tese da defesa para a Justiça espanhola. O principal álibi é o de que Patrick não saberia o endereço do chalé de Pioz, onde aconteceu a chacina.

Segundo o jornal 'El Mundo', Eduardo conseguiu se reunir com a Guarda Civil e o juiz responsável pelo caso, mas querem acesso a mais detalhes da investigação para melhorar a tese da defesa e provar a inocência do suposto assassino.

Para a investigação espanhola, não há dúvidas de que Patrick é o autor do quádruplo assassinato. Em entrevista coletiva na semana passada, a Guarda Civil classificou o jovem como um psicopata, narcisista e que não tem “apego à vida humana”. Investigadores dizem ter provas inquestionáveis que incriminam Patrick. Fontes repassaram aos familiares das vítimas que o DNA de Patrick foi encontrado nos corpos.

A Justiça da Espanha expediu, no dia 22 de setembro, um mandado de prisão e um mandado de detenção europeu e internacional contra Patrick Gouveia. No entanto, as ordens não podem ser cumpridas no Brasil. Em nota, a Polícia Federal brasileira disse que abriu um inquérito para investigar o jovem e confirmou que tomou depoimento dele. A corporação disse também que vem colaborando com o trabalho da investigação espanhola.

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Jornal da Paraíba

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