Correios também em greve a partir de terça

Apesar de não ter realizado assembleia para definir sobre o movimento grevista na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Estado (Sintect-PB) informou ontem que a categoria vai deflagrar a greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira.

A decisão dos funcionários dos Correios da Paraíba acompanha a recomendação do sindicato nacional e a principal reivindicação dos trabalhadores é o reajuste salarial de 43,7%. De acordo com o presidente do Sintect-PB, Marcos Roberto, os trabalhadores vêm negociando com a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) desde o mês de julho e recebeu uma contra-proposta de reajuste de apenas 5%.

Segundo o sindicalista, os trabalhadores pedem ainda a contratação dos aprovados no último concurso público, o fim do sistema de avaliação pessoal e a revogação da medida provisória sobre a privatização da ECT. Para fortalecer o movimento, os funcionários dos Correios irão deflagrar a greve juntamente com os bancários, que também paralisarão as atividades no mesmo dia. “Ainda não recebemos nenhuma proposta da empresa e decidimos unificar o movimento com outras categorias, como os bancários”, completa Marcos Roberto.

Como parte das atividades do movimento grevista dos Correios, o diretor do Sintect-PB informou que um café da manhã está programado para o início da manhã da próxima terça-feira, na sede dos Correios, em João Pessoa. Já a primeira assembleia local acontecerá durante a noite, na sede do sindicato, na capital, apenas para o repasse de informações.

A assessoria de comunicação da ECT na Paraíba, informou que a empresa ainda não foi comunicada sobre a adesão dos funcionários ao movimento grevista e preferiu não comentar o assunto.

Durante as greves dos bancários e dos funcionários dos Correios, o consultor jurídico do Procon Estadual da Paraíba, Rafael Lopes, recomenda que os consumidores busquem outras alternativas para o pagamento de contas. “O consumidor deve procurar, junto às instituições financeiras e aos fornecedores, mecanismos alternativos para efetuar o pagamento, como, por exemplo, o caixa eletrônico, internet ou até mesmo em lojas que possam fazer o recebimento”, aconselhou, acrescentando que se a empresa não oferecer alternativas para aquisição de segunda via das faturas e pagamento, a cobrança de juros não é permitida.