Cresce número de ataque de escorpiões

Nos primeiros 8 meses deste ano, o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), de João Pessoa, registrou 1.386 acidentes com animais peçonhentos. Em 2010, neste mesmo período, foram 1.262 casos registrados, o que revela um aumento de quase 10%.

As picadas de escorpião lideram o ranking de 2010 e 2011. Este ano foram 1.270 registros entre janeiro e agosto de 2011. No ano passado, nesses primeiros oito meses, foram 1.112 acidentes com escorpiões, ou seja, um aumento maior do que o geral, de mais de 12%.

Os dados do Ceatox mostram ainda que, entre janeiro e agosto deste ano, foram 58 picadas de aranha e também 58 picadas de cobra. “Os escorpiões são os animais peçonhentos que mais aparecem na zona urbana, principalmente no período chuvoso.

Este ano, como tivemos um longo inverno, apareceram mais escorpiões”, afirma a coordenadora do Ceatox, a bióloga Fátima Marques.

O mês de maio deste ano foi o que registrou o maior número de acidentes com escorpiões, 181. Em julho, foram 176 e, em agosto, 173. “A tendência, a partir de agora, é esse número ir diminuindo. Mas mesmo assim, as pessoas devem estar atentas”, destacou Fátima, acrescentando que não há registro no Ceatox de óbito por picada de aranha ou escorpião. “Nos 17 anos que estou aqui no Centro, lembro de dois óbitos por picada de cobra, um número muito baixo”, completou.

Segundo dados do Ceatox, o bairro onde foram registrados mais acidentes com escorpiões foi o de Mangabeira, devido a sua maior população. Já os acidentes com cobras, em sua maioria jararacas, estão mais presentes na zona rural. “A grande maioria dos atendimentos aqui no Ceatox, por picada de cobra, são acidentes de trabalho. São pessoas que trabalham na terra, em ambientes predispostos para esses acidentes, e foram picadas por cobras”, explica Fátima Marques.