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VIDA URBANA

Crescem casos de sífilis na PB e falta remédio para tratamento

Este ano, a taxa de incidência da sífilis em grávidas já ultrapassou o registrado em 2014. Usada no tratamento, benzatil penicilina está em escassez nas redes de saúde.

Publicado em 22/10/2015 às 7:48

A sífilis congênita - que é transmitida de mãe para filho -, uma doença que pode causar malformações no feto, problemas neurológicos graves e até provocar aborto, não para de crescer entre as gestantes da Paraíba. De janeiro a outubro deste ano, a taxa de incidência da sífilis em grávidas já ultrapassou o registrado durante todo o ano de 2014, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS).

Até o momento, 307 casos foram contabilizados na Paraíba, enquanto em 2014, o sistema registra 295 diagnósticos e, em 2013, 242. Conforme o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren/PB), o Estado apresenta um dos mais graves quadros de sífilis congênita no país. São mais de 1.400 casos desde 2010, com tendência de alta. E para piorar, o medicamento recomendado para o tratamento, a benzatil penicilina está em escassez na rede pública e na privada de saúde.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB), João Medeiros, a sífilis é uma doença que há anos já deveria ter sido erradicada, ou pelo menos controlada, o que não tem sido visto e que se agrava com a indisponibilidade da penicilina no mercado. “A sífilis infelizmente ainda ocupa uma posição de destaque dentre as patologias e há muitos anos deveria ter sido erradicada. Vimos essa escassez da penicilina com muita preocupação, principalmente no caso das gestantes”, destacou.

Listada como um dos medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), a penicilina é importante não só no tratamento da sífilis, mas também da febre reumática e outras infecções bacterianas, explicou a médica e diretora do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, Berenice Ramos. “Já tenho conhecimento dessa escassez porque estamos com dificuldade em conseguir o medicamento até mesmo nos pregões e licitações, quando poucas empresas afirmam possuir estoque. Infelizmente é um problema de saúde pública.”

Conforme a chefe do Núcleo de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Joanna Angélica Ramalho, esse fato é preocupante, visto que a penicilina é a única medicação que trata tanto a mãe quanto o bebê. “Muitos profissionais estavam trocando a medicação no tratamento da sífilis, porém, há uma portaria do Ministério da Saúde que ressalta que no caso de gestantes, esse é o medicamento que tem que ser administrado. Por isso, a SES recomenda que os municípios que ainda dispõem do medicamento priorizem o tratamento da gestante com sífilis. Estamos solicitando, ainda, que os municípios nos informem sobre a disponibilidade desta medicação”, concluiu Joanna.

O Ministério da Saúde afirma que vem monitorando e acompanhando a produção nacional do medicamento ao lado dos laboratórios produtores, que alegam dificuldades na produção devido à “escassez mundial no suprimento de matéria-prima”. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina.
A sífilis é causada por bactéria. Quando acomete gestantes, costuma causar danos graves se transmitida ao bebê.

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Jornal da Paraíba

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