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VIDA URBANA

Criança morre vítima de leishmaniose visceral em HU de Campina Grande

Médico infectologista alerta que doença é transmitida pelo mosquito-palha.

Publicado em 15/02/2018 às 15:29

Uma criança morreu, nesta quarta-feira (14), vítima de leishmaniose visceral, doença conhecida como calazar, no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande. Segundo o médico infectologista, Glauco Viana, a doença é transmitida pelo mosquito-palha e tem predominância em crianças.

Antes de ser encaminhado para o hospital, em Campina Grande, a criança foi atendida no Hospital Municipal e Maternidade Caçula Leite, em Conceição, no alto Sertão paraibano. O diretor da unidade hospitalar em Conceição informou que a criança chegou ao hospital com febre e procedimentos iniciais foram feitos, mas não foi possível identificar as causas dos sintomas.

Segundo o Glauco Viana, os sintomas da doença surgem lentamente, ao longo de semanas a meses, se destacando febre, emagrecimento, aumento do volume abdominal,  anemia e sangramentos. "Algumas complicações podem surgir como infecções bacterianas. Por fim, os pacientes que não são tratados em tempo oportuno, podem ir à óbito", destaca.

O menino foi encaminhado, no dia 2 de fevereiro, para o Hospital Universitário em Campina Grande em estado grave. No hospital a criança deu entrada apresentando febre, cansaço, anemia e vômitos com sangue.

No HU foi confirmado o caso de leishmaniose visceral, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do dia 5 de fevereiro até as 22h desta quarta-feira (14). Ele não resistiu aos sintomas e morreu.

Glauco Viana afirmou que a profilaxia a doença ocorre ao se evitar o contato com o mosquito transmissor e tratar os cães que estejam doentes.

A secretária Municipal de Saúde de Conceição, Magnady Lavor Furtado de Lacerda informou que uma campanha será realizada para fazer testes em animais contra o calazar e impedir a contaminação. Os cães com suspeita da doença serão recolhidos e se a doença for confirmada o animal deve ser sacrificado. A solicitação para dedetização e captura do mosquito deve ser feita nos próximos dias pela Secretaria de Estado da Saúde.

Imagem

Aline Oliveira

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