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VIDA URBANA

Crianças da Capital sofrem com coceira causada por bicho-de-pé

A patologia não tem notificação obrigatória, mas o atendimento às pessoas acometidas pela doença é realizado nas 180 Unidades de Saúde da Família da cidade.

Publicado em 02/04/2011 às 8:09

Luzia Santos e João Thiago, do Jornal da Paraíba

Em uma comunidade na Rua do Rio, no bairro Cruz das Armas, em João Pessoa, crianças sofrem com o problema do bicho-de-pé e revelam os pés "brancos" causados pela Tunga Penetrans, nome científico do parasita que provoca a doença. Apesar da ausência de levantamento estatístico a respeito do número de casos da doença na Capital, pois a patologia não tem notificação obrigatória, o atendimento às pessoas acometidas pela doença é realizado nas 180 Unidades de Saúde da Família da cidade.

Segundo a dermatologista Francisca Estrela Maroja, o bicho-de-pé, cientificamente chamado de tungíase, pode ser contraído em terrenos com areia contaminada. “O parasita é encontrado em terreno com areia e a transmissão da doença ocorre quando a pessoa caminha descalço pelo local”, explicou a dermatologista. Ainda de acordo com Francisca Maroja, o principal risco para crianças com bicho-de-pé é a evolução da doença que pode causar inflamação da pele e o aparecimento de erisipela (outro tipo de infecção na pele).

Pés com feridas nas solas são comuns para as crianças que vivem na comunidade Rua do Rio. Apesar de carregarem a doença, elas podem ser vistas constantemente brincando à beira de um riacho que recebe o esgoto de toda a comunidade. “A gente brinca aqui sempre, mas não sabia que isso no pé era por causa do rio”, contou um garoto de apenas seis anos, que descia com um carrinho pela encosta até cair próximo do riacho.

Um jovem de 16 anos contou que já teve bicho-de-pé várias vezes. “Agora não tenho mais. Evito andar descalço pela comunidade. Mas sei que as crianças não param de brincar por aí, então é bem comum ver este problema nos pés delas”, disse.

O cuidado do garoto é necessário, pois segundo a dermatologista Francisca Maroja, o parasita que causa o bicho-de-pé põe seus ovos sob a pele das pessoas que transitam descalços por terrenos arenosos e cheios de lixo. O parasita, ao penetrar a pele humana, se alimenta de sangue e suas picadas, para sugar sangue e plantar seus ovos, geram coceiras, manchas vermelhas e feridas doloridas, não só no pé, mas por todo o corpo.

Segundo o Gerente da Vigilância Ambiental de João Pessoa, Luiz Francisco de Almeida, o problema do bicho-de-pé não é considerado uma epidemia na cidade, pois poucos casos são registrados. “Nós não temos nenhum controle de quantidade de pacientes que apresentam este problema. Nós somos chamados eventualmente para fazermos a limpeza de algumas áreas onde podem haver focos deste inseto”, contou Almeida.

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Jornal da Paraíba

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