VIDA URBANA
Crianças que morreram em Itabaiana podem ter sido vítimas de envenenamento, diz secretaria
Terceira vítima morreu nesta sexta-feira, em Campina Grande. Tese inicial era de 'doença misteriosa'.
Publicado em 10/03/2017 às 14:37
A secretaria de Saúde de Itabaiana, no Agreste do Estado, está trabalhando com a suspeita de que as três crianças mortas na cidade após passarem mal foram vítimas de envenenamento. O último óbito foi registrado nesta sexta-feira (10). Letícia Firmino Soares, de 12 anos estava invernada no Hospital de Trauma de Campina Grande desde o mês passado. As outras duas crianças que apresentaram os mesmos sintomas morreram nos dias 19 e 25 de fevereiro.
Soraya Galdino, secretária de Saúde do município, explicou que a suspeita de envenenamento foi levantada pelos médicos do Hospital de Trauma de Campina Grande, onde a terceira criança faleceu, mas ainda não é possível afirmar que substância teria intoxicado as crianças. "O laudo da perícia deve sair em até uma semana e só então poderemos inferir com certeza se foi envenenamento, qual a substância e como essas crianças foram contaminadas", disse.
Anteriormente, a secretaria de Saúde de Itabaiana trabalhava com a hipótese de que as crianças teriam sido vítimas de uma doença.
As primeiras duas vítimas faleceram sob circunstâncias misteriosas nos dias 19 e 25 de fevereiro; o menino de nove anos e a menina de seis eram primos e morreram pouco tempo depois de dar entrada no hospital de Itabaiana. Eles chegaram à unidade hospitalar com sintomas de vômito e tremendo muito, tendo paradas cardíacas.
Residência das vítimas não tinham nada suspeito
As três crianças eram moradoras da comunidade Cariatá, na zona rural do município. De acordo com Galdino, as vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária realizaram uma varredura na comunidade. "Nossos agentes foram ao local, investigaram as residências de todas as crianças envolvidas e não encontraram nada suspeito, nenhum indício do que poderia ter acontecido", disse ela.
A secretária orientou os pais de crianças que moram na comunidade a tomar cuidado com o que elas estão brincando e consumindo, mas que não há necessidade de pânico. "Estamos investigando as mortes e em breve teremos todas as respostas", concluiu.
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