VIDA URBANA
Crise faz com que lojas fechem as portas no Centro de João Pessoa
Segundo Fecomercio, 2017 é um ano de reestruturação do setor.
Publicado em 03/09/2017 às 8:00
A crise econômica que o Brasil passa desde meados de 2015 fez com que diversas lojas do tradicional comércio no Centro de João Pessoa fechassem as portas. Segundo a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado da Paraíba (Fecomercio-PB) os consumidores estão mais confiantes com a economia o que pode favorecer na reestruturação do comércio.
Segundo o presidente da Fecomercio, Marconi Medeiros, o comércio local foi afetado pela crise que afeta todo o país e fez muitas lojas do Centro de João Pessoa fecharam as portas, principalmente nos anos de 2015 e 2016. "A crise de âmbito nacional pela qual o país atravessou teve implicações em todos os setores econômicos. No comércio, observamos uma queda na confiança do empresário, devido às instabilidades, e redução no consumo, o que dificultou a manutenção dos estabelecimentos", afirma.
Ainda de acordo com Marconi Medeiros, o comércio foi afetado devido a redução na confiança do consumidor com a conjuntura nacional e ao aumento do desemprego. Como isso tanto as lojas de rua como em shoppings houve uma redução no fluxo de consumidores, o que por consequência levou a uma queda nas vendas e dificuldade de se manter o estabelecimentos comerciais.
Para a vendedora Jucielene da Silva, de 32 anos, o comércio passa por um momento díficil. "Na loja em que trabalho, são três vendedores no salão da loja e em alguns dias alguns de nós ficam sem vender nada", lamenta. Apesar da queda no fluxo de consumidores nas lojas o Centro ainda é uma alternativa para quem quer economizar. A professora Cristiane Soares diz que nas lojas do Centro tem mais variedade de coisas e que pesquisando ainda dá para comprar algo. "Mesmo com o orçamento apertado a gente precisa comprar algumas coisas que são necessárias, então no Centro a gente vai em uma loja, vai em outra, acaba encontrando um produto mais em conta", diz.
Em relação ao número de imóveis comerciais fechados no Centro da capital paraibana, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 21º Região (Creci-PB), Rômulo Soares, afirma que no primeiro semestre de 2017 em relação ao primeiro semestre de 2016 houve um aumento de 5% na disponibilidade de imóveis na região. "Estamos percebendo que a partir do mês de agosto começa a surgir movimento contrário no setor imobiliário. As pessoas estão se descolando do momento político que estamos vivendo e buscado fazer o seu papel para o país não parar de vez", avalia.
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