VIDA URBANA
CRM descarta erro médico em morte de menina no Valentina
Gabriela Viegas, de 11 anos, morreu após ser submetida a uma nebulização com Berotec.
Publicado em 17/07/2014 às 15:12
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) descartou erro médico como causa da morte da menina Gabriela Viegas Barbosa, de 11 anos, ocorrida no Hospital Municipal do Valentina Figueiredo, em João Pessoa. O resultado da sindicância instaurada pelo órgão foi divulgado nesta quinta-feira (17). A morte da criança aconteceu no dia 3 de junho.
No dia da morte de Gabriela a família contou que a menina foi levada para a unidade hospitalar com uma crise de asma e acabou submetida a uma nebulização com o medicamento berotec. De acordo com a mãe da criança, o medicamento lhe causou um reação alérgica e em seguida a morte. A mulher disse também que a equipe médica do hospital foi avisada sobre as reações que o berotec causavam na filha.
Segundo o CRM, a conselheira responsável pela sindicância analisou detalhadamente o prontuário médico, ouviu as partes envolvidas e fez sua conclusão com base no laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e fundamentação científica. “Não há quaisquer indícios de erro médico, seja por imperícia, imprudência ou negligência, vez que a medicação usada , inclusive o fenoterol (berotec), é amplamente utilizada para tratamento da doença da qual a criança foi acometida”, diz trecho da nota do conselho, assinada pelo presidente João Medeiros.
O documento afirma ainda que a equipe que cuidou de Gabriela, formada por seis pediatras, seguiu à risca os protocolos nacionais adotados para a enfermidade. “ [A menina] era portadora de miocardiopatia hipertrófica, situação desconhecida e imprevisível naquele contexto, que certamente contribuiu para o êxito letal”, ressalta o CRM.
O laudo elaborado pelo SVO, Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), apontou que a morte da criança foi causada por edema pulmonar e cardiopatia hipertrófica.
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