Cursos de nível superior na Paraíba tem notas acima da média

Quase todos os cursos oferecidos por Instituições de Ensino Superior (IES) da Paraíba avaliados no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC) foram considerados acima da média. Ao todo, 97% dos 109 cursos que receberam a avaliação foram classificados com conceitos que vão de satisfatório a excelente, trazendo a Paraíba de volta para esse patamar, tendo em vista que no ano passado nenhum curso tinha obtido a nota máxima. A classificação dos cursos faz parte do Conceito Preliminar de Curso (CPC), avaliação dos cursos superiores que tem como base índices como desempenho de estudantes, o corpo docente, a infraestrutura e os recursos didático-pedagógicos da instituição.

O CPC é avaliado no ano seguinte ao da realização do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de cada área e classifica os cursos em um índice que varia entre 1 e 5. Conforme a avaliação, os cursos que possuem notas até 2 são considerados com qualidade insatisfatória. Aqueles que são pontuados com a nota 3 são considerados com desempenho satisfatório. A nota 4 implica dizer que o ensino oferecido é bom e 5, excelente. O CPC é um dos quesitos que determina Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), que avalia as Instituições de Ensino Superior (IES).

Dos 109 cursos que foram classificados na Paraíba, 61, o equivalente a 55% do total, foram categorizados com índice 3, considerado satisfatório. Outros 42, que representam 37% do total, ficaram com índice 4, o segundo maior da escala, conceituando-os como bons. A Paraíba ainda teve três cursos com conceito 5, considerado excelente. Já na outra ponta da tabela, três tiveram índice 2, considerado insatisfatório. Nenhum curso avaliado no Estado foi pontuado com a nota 1. Pelas regras do MEC, divulgadas em anos anteriores, os cursos com desempenho insatisfatório deverão ter os vestibulares suspensos já a partir do próximo ano.

Ainda outros 20 cursos oferecidos por IES da Paraíba foram listados pelo MEC na avaliação, contudo estes não tiveram CPC registrado por não preencherem os requisitos. Nesses casos, segundo o MEC, isso implica dizer que os cursos, por serem recentes, ainda não possuem turmas concluintes, o que os impede de serem avaliados.

EXCELÊNCIA

Os cursos com CPC máximo foram o de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); o de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade Estácio da Paraíba; e o curso de Sistemas de Informação da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa). Os que tiveram o CPC abaixo da média foram os cursos de Bacharelado em Física e Engenharia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); e o curso de Licenciatura em História das Faculdades Integradas de Patos (FIP).

NO PAÍS

No ano passado, a grande maioria dos cursos avaliados, 85,72%, apresentou desempenho satisfatório (3, 4 e 5) no Conceito Preliminar de Curso. A maioria das notas 4 e 5 foram apresentadas nas instituições públicas: 36,38%. Nas particulares, o percentual de cursos com esses conceitos foi de 25,64%. Ao todo, foram avaliados em todo o país 9.963 cursos de 43 áreas do conhecimento.

PONTUAÇÕES

As pontuações do CPC unem, entre os fatores já citados, as notas obtidas por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e servem como base para a avaliação do Índice Geral de Cursos da Instituição, nota que serve como base de avaliação da qualidade dos IES.