VIDA URBANA
Defesa Civil de CG está em alerta e 12 famílias precisam ser removidas
Segundo o levantamento da Defesa Civil, o número total de famílias em situação de risco é em torno de 30.
Publicado em 10/04/2010 às 13:52
Alberto Simplício
Do Jornal da Paraíba
A Defesa Civil de Campina Grande está em alerta realizando ações preventivas para evitar possíveis desastres em decorrência das chuvas. Na sexta-feira (9), as ações do órgão se concentraram no bairro das Cidades, onde a situação de risco de alagamento é considerada “extremamente grave”. As chuvas na última quinta-feira (8) não chegaram a ser fortes, mesmo assim alguns moradores já começaram a sentir seus efeitos danosos.
Maria Lindalva da Conceição, de 58 anos, sofreu um acidente vascular cerebral este ano que a deixou de cadeira de rodas. “Ano passado, quando eu ainda andava, a Defesa Civil me tirou daqui com água na cintura. Mas agora só Deus sabe”, lamentou. Gerlane Antônio, de 18 anos, tem dois filhos ainda bebês. “Ontem, nem dormi, via a hora minha casinha de taipa desabar. Tive que cobrir bem as crianças por causa das goteiras, além da casa ter ficado toda enlameada”, relatou, aflita.
As duas fazem parte do grupo de 12 famílias que precisam ser removidas urgentemente do local. Segundo o levantamento da Defesa Civil, o número total de famílias em situação de risco é em torno de 30. “A maioria delas vivem em casas de taipa. No momento, vamos solicitar que a Secretaria de Ação Social (Semas) intervenha junto às 12 famílias”, explicou o agente Ruither Sansão.
De acordo com infirmações repassadas pela Semas, será feita uma vistoria no local para avaliar a situação. “Após feito o cadastro das famílias ameaçadas, providenciaremos o aluguel de outras casas para recebê-las” assegura o secretário adjunto da Semas, Pedro Silva.
De acordo com a Defesa, com a retomada das chuvas, as ações de prevenção e monitoramento serão intensificadas, sobretudo, nas 22 áreas consideradas em risco de alagamentos, que compreendem as adjacências do Canal do Prado e riacho de Bodocongó, além de bairros como Catingueira, Três Irmães, Cidades e Pedregal. “O principal problemas nesta época são os alagamentos, já que Campina Grande não existe áreas de desabamento de encostas. “As características da geografia urbana da cidade não oferecem esse risco. Esse problema é detectado em municípios como Massaranduba e Lagoa Seca”, afirmou Ruither Sansão.
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