VIDA URBANA
Delegado analisa pedir embargo de obras no restaurante Tererê
Proprietário Júlio César dos Santos sofreu queda e teve morte imediata quando inspecionava construção. Enterro acontece na tarde desta sexta-feira na Capital.
Publicado em 27/11/2009 às 7:29
Karoline Zilah
Deve ser enterrado nesta sexta-feira (27), às 14h, no Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa, o corpo do empresário Júlio César dos Santos, de 54 anos, morto na quinta-feira (26) em um acidente nas obras do restaurante Tererê. O delegado Manoel Idalino, da 10ª Delegacia Distrital, quer analisar as condições de segurança das construções.
A família acompanhou o velório durante toda a madrugada no Espaço Gospel, templo evangélico pertencente à Primeira Igreja Batista, na avenida Rui Carneiro.
A Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) informou que o corpo foi retirado às 22h25, cerca de cinco horas depois da morte do empresário. A previsão é de que o laudo cadavérico seja concluído no prazo de cinco dias. No entanto, os peritos já adiantaram que a causa da morte foi um traumatismo craniano.
A família ainda aguarda o resultado de um segundo laudo que deverá ser expedido pelo Instituto de Perícia Científica (IPC), onde deverão ser informadas as circunstâncias da morte.
Prédio pode ser embargado
O delegado da 10ª Delegacia Distrital, Manoel Idalino, não descarta a possibilidade de pedir ao Ministério do Trabalho e Emprego o embargo do prédio em caso de constatação de riscos de acidentes aos trabalhadores da obra.
O delegado considerou a morte uma fatalidade, mas vai aguardar o resultado das perícias para averiguar possíveis irregularidades na segurança.
O acidente aconteceu por volta das 17h no restaurante Tererê, na orla de Cabo Branco, quando Júlio César inspecionava as obras do segundo andar do estabelecimento que ele administrava ao lado da esposa e dos filhos.
O empresário teve morte imediata ao ser atingido por uma viga de aproximadamente 60 quilos depois de cair da laje do 2º andar para a do 1º andar das obras.
O empresário teria atravessado uma passarela, que acabou cedendo. O delegado Manoel Idalino explicou que ele caiu, bateu a cabeça em um trilho de ferro e ainda foi atingido pela tábua, que acabou deslizando.
O acidente causou comoção e muita consternação entre os familiares e funcionários. Eles comentaram que diariamente o empresário visitava a obra, iniciada há cerca de um ano para ampliar em mais dois pisos a capacidade de atendimento do restaurante.
Júlio César era natural de Ribeirão Preto, em São Paulo, mas há cerca de 20 anos trabalhava no setor de gastronomia na Paraíba, firmando-se como um dos empresários mais respeitados deste segmento.
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