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VIDA URBANA

Delegado suspeita que vizinho cobiçava Ellen

Suspeito nega ter praticado qualquer violência sexual contra a estudante, mas resultados de exames ainda são esperados pela polícia.

Publicado em 11/04/2013 às 6:00


Detalhes de um depoimento informal ao Grupo de Operações Especiais (GOE) indicam que Jefferson Luís Oliveira Soares, 25 anos, acusado de assassinar e enterrar o corpo da estudante Fernanda Ellen Miranda Cabral, poderia cobiçar sexualmente a vítima e ter praticado violência sexual contra ela. Apesar de não haver indícios da participação de outra pessoa no assassinato, a possibilidade de existir um coautor no crime ainda não foi descartada pela Polícia Civil.

“Entre alguns fatos confidenciais narrados, ele disse que o seu sobrinho, menor de idade, era apaixonado por Fernanda e ficava sempre olhando para ela. Isso pode ser mentira, mas se for verdade pode ter despertado nele a cobiça sexual em cima da vítima, ao ver o sobrinho sempre falando. Além disso, ele já possui um perfil de agressor sexual”, afirmou o delegado-adjunto do Grupo de Operações Especiais (GOE), Aldrovilli Grisi.

O suspeito nega ter praticado qualquer violência sexual ou ter em algum momento desejado manter relações sexuais com Fernanda Ellen, de 11 anos. “Ele negou de uma forma tão veemente, antes mesmo de ser questionado, como se quisesse se afastar da verdade. Isso chamou a nossa atenção”, revelou Aldrovilli Grisi.

O delegado afirmou que aguarda o laudo de um exame Prova do Antígeno Prostático (PSA), que irá constatar se houve violência sexual, inclusive após a morte de Fernanda Ellen. Já o perito Hebert Boson, afirmou que o perfil genético da vítima será traçado e posteriormente confrontado com o material encontrado em colchões, sofás e roupas de Ellen.

“Analisando os fatos que nós já temos, iremos confrontar com a perícia para poder mostrar falhas no depoimento dele. Ainda preciso saber da perícia por quanto tempo o material genético do agressor ficaria preservado no corpo da vítima, em caso de violência sexual”, disse o delegado.

Em relação à participação de outra pessoa no assassinato e ocultação do cadáver de Fernanda Ellen, Aldrovilli Grisi afirmou que a possibilidade existe até o momento, porém, os indícios apontam que Jefferson Oliveira teria agido sozinho. “Se houvesse outra pessoa, nós teríamos chegado mais fácil até ele. A atuação individual do criminoso foi um dos fatores que dificultou a elucidação do caso”, assegurou Aldrovilli Grisi.

A Polícia Civil ainda vai investigar algumas mensagens anônimas recebidas por familiares de Fernanda Ellen que indicavam a proximidade do acusado e corpo da vítima.

Segundo o delegado Aldrovilli Grisi, todas as denúncias anônimas serão revistas e, se houver indício de que algumas delas possuía fundamento no fato real, a polícia irá identificar o autor e inquirir para depoimento.

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Jornal da Paraíba

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