VIDA URBANA
Delegados podem paralisar atividades a partir de 1º de outubro
Categoria chegou à conclusão em assembleia realizada na noite da quarta-feira (23), em Campina Grande. Greve será deflagrada caso Governo não apresente contraproposta salarial
Publicado em 24/09/2009 às 8:08
Rebeca Casemiro
Do Jornal da Paraíba
Em assembleia realizada na noite da quarta-feira (23), em Campina Grande, os delegados de Polícia Civil da Paraíba decidiram, por maioria, entrar em greve a partir de 1º de outubro, caso o governo do Estado não apresente uma contraproposta para as reivindicações.
O impasse entre a categoria e o Governo do Estado se arrasta desde dezembro de 2008, quando eles deflagraram greve pela primeira vez.
Os delegados reivindicam uma equiparação salarial com procuradores de Justiça e defensores públicos do Estado, que foram contemplados com Planos de Cargos e Salários aprovados pela Assembleia Legislativa em novembro do ano passado.
Com o aumento, segundo Associação da Defesa das Prerrogativas dos Delegados (Adepdel), procuradores e defensores públicos passaram a receber mais que o dobro dos delegados, com salário de cerca de R$ 11 mil. O salário inicial de um delegado no Estado é de R$ 5,3 mil.
Após várias rodadas de negociação feitas esse ano, já com o novo governo, os delegados cessaram o movimento em fevereiro e ofereceram uma nova proposta, pedindo equiparação com os salários dos delegados do Estado do Rio Grande do Norte, que recebem inicialmente R$ 9,1 mil. Em maio, os delegados acordaram com o secretário de Segurança Pública, Gustavo Gominho, um prazo para apresentação de uma nova proposta, que seria feita no mês de setembro.
Durante os três meses de espera, os delegados fizeram paralisações de advertências de dois dias a cada mês, mas como não houve apresentação de nova contraproposta eles resolveram colocar em votação a possibilidade da retomada do movimento paredista.
A Adepdel e o Sindepol (Sindicato dos Delegados de Polícia da Paraíba) garantem que, caso seja deflagrada a greve, a categoria manterá 30% do efetivo em funcionamento, buscando não prejudicar tanto a sociedade que precisa dos serviços da Delegacia de Polícia.
A reportagem do Jornal da Paraíba, tentou contato com a secretário de Segurança Pública, mas até o fechamento desta edição ele não havia sido localizado para se posicionar sobre a decisão dos delegados.
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