Dengue está presente em cinco bairros de Campina Grande

Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde de Campina Grande identificou os cinco bairros com maior índice de infestação pelo mosquito da dengue no município. A situação mais preocupante é no bairro do Santo Antônio, onde o Aedes aegypti está presente em 5,88% das residências visitadas pelos agentes de saúde. Também lideram o ranking os bairros de Alto Branco (3,73%), Quarenta (4,34%), Jardim Continental (3,63%), e Três Irmãs (3,63%).

Para conscientizar a população do Santo Antônio sobre o problema, cerca 250 estudantes do bairro participaram de uma ação de mobilização realizada durante todo o dia de ontem pela Vigilância Ambiental em Saúde. Eles percorreram as principais ruas da comunidade visitando as casas para chamar a atenção para os cuidados necessários com a prevenção.

“Os estudantes se tornam agentes multiplicadores, sensibilizando as próprias famílias e divulgando as informações que aprendem na escola para toda a comunidade”, avalia Erissina Santos, coordenadora pedagógica da Unidade Pedagógica Infantil, escola envolvida no projeto. Se envolveram na ação alunos com idade entre 6 e 14 anos que estudam desde a 1ª fase do ensino fundamental ao 9° ano.

A principal dificuldade para o combate à dengue no bairro é a resistência dos moradores de receber a visita dos agentes de saúde. “É um bairro onde tem muitas cisternas e imóveis fechados, mas enfrentamos ainda a resistência dos moradores.

Por isso estamos engajados em ações de educação em escolas e comunidades de bairro”, afirma Janaína Pires, supervisora de vigilância em saúde da Distrital 1, responsável pela prevenção em 12 bairros.

A preocupação dos agentes aumenta com a chegada das chuvas. “O lixo jogado em terrenos baldios e em casas abandonadas agora poderá acumular água e aumentar a proliferação”, alerta Janaína.

A presença do mosquito é medida pelo Levantamento de Infestação Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). O último levantamento foi feito entre 19 e 23 de março em 173 mil imóveis na zona urbana e 6,9 mil imóveis na zona rural e distritos de Campina.