VIDA URBANA
Denúncias podem evitar mortes
Segundo Centro 8 de Março, denúncias podem evitar que mulheres vítimas de violência sejam assassinadas.
Publicado em 02/12/2012 às 17:25
“Apelamos para que as mulheres denunciem os casos de violência doméstica, porque muitas vezes elas morrem por falta de uma denúncia,” apelou Irene Marinheiro, coordenadora do Centro da Mulher 8 de março. Para ela, com a criação da Lei Maria da Penha, a rede de atendimentos às mulheres vítimas de violência foi fortalecida no estado.
O movimento busca agora a criação de delegacias especializadas no alto Sertão e no Cariri paraibano. “A Lei foi o melhor instrumento criado em defesa dos direitos das mulheres.
Ainda há falhas, mas nós já conseguimos que as delegacias funcionassem aos sábados e feriados e a implantação dos Centros de Referência”, afirmou Irene Marinheiro.
Este ano o Centro já acolheu 90 denúncias de violência praticada contra mulheres no estado, porém, a cada agressão denunciada, Irene Marinheiro estima que pelo menos outras cinco não são notificadas. “Nós sabemos que o número de mulheres que são vítimas de violência é bem maior. A violência doméstica está em todas as classes, porém as menos favorecidas ainda são as que mais denunciam”, frisou.
Para combater a violência, que é praticada de forma silenciosa, a coordenadora cobra o envolvimento e empenho da sociedade, pois as denúncias referentes ao crime podem ser feitas anonimamente, através do Disque 197 e Disque 180. Conforme João Micena, coordenador do Disque 197, a maioria das vítimas buscam informações sobre a rede de atendimento na Paraíba.
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