DER diz que empresa cobra valor abusivo em ônibus entre JP e Cabedelo

Embora o preço homologado pelo Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER) seja um, para as viagens entre João Pessoa e Cabedelo e João Pessoa e Renascer, o valor que está sendo cobrado é superior. Enquanto que entre João Pessoa e Cabedelo o preço homologado é de R$ 2,95, o valor cobrado na maquineta validadora é de R$ 3; já entre a capital e a comunidade do Renascer, também em Cabedelo, o valor homologado foi de R$ 2,70, porém também está sendo cobrada uma tarifa de R$ 3 pela viagem.

Os valores de R$ 2,70 e R$ 2,95 passaram a vigorar a partir do dia 7 de fevereiro deste ano, após reajuste médio de 7% nas tarifas dos transportes de passageiros intermunicipais de características urbanas, rodoviárias e hidroviárias pelo Conselho Executivo do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba.

A cuidadora Maria da Conceição Souza faz o trajeto de Mandacaru a Camboinha, de segunda a sábado, para chegar ao trabalho, tendo de pegar um ônibus de Mandacaru ao Centro e, outro, do Centro a Cabedelo. Isso gera para ela um gasto de R$ 12 por dia em transporte. "A passagem já é cara e, além disso, sendo cobrada dessa forma, não tem salário que dê", comenta.

Fazendo uma conta rápida, portanto, é possível perceber que, por mês, Maria da Conceição tem um prejuízo de R$ 2,40. Já a diarista Josefa Lima de Assis vai dos Funcionários ao Bessa, também para trabalhar, ao menos uma vez por semana, o que lhe gera um prejuízo de R$ 0,40 por mês.

Se a conta ficar um pouco mais complexa, no entanto, tendo em vista que um ônibus tem uma capacidade média de 54 passageiros sentados, é possível perceber que,em uma viagem, o lucro ilegal que a empresa está tendo é de R$ 2,70.

Ao receber a denúncia do JORNAL DA PARAÍBA, o DER informou que, ainda nesta terça-feira (12), será feita uma fiscalização nas linhas de ônibus."Eles não podem fazer isso. Eles têm que cobrar o preço que foi autorizado pelo DER", aponta o diretor de transportes do DER, José Arnaldo Souza. Após realizada a fiscalização, segundo ele, a empresa terá que voltar a cobrar o preço homologado e deve receber uma multa pelo preço irregular que estava sendo colocado.