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VIDA URBANA

Desabafo nas redes sociais

Embora elas sirvam de termômetro para avaliar a violência nas ruas da cidade, a atitude não deve dispensar o registro do boletim de ocorrência.

Publicado em 02/08/2015 às 8:00

Descrentes na ação efetiva da polícia, as vítimas de assaltos estão trocando a delegacia pelos desabafos nas redes sociais. Embora elas sirvam de termômetro para avaliar a violência nas ruas da cidade, a atitude não deve dispensar o registro do boletim de ocorrência. A queixa formal se torna um instrumento poderoso, pois é através dela que a polícia tem uma real dimensão do problema.
Um desses grupos foi criado em dezembro do ano passado, no Facebook, pelo jornalista Peter Alves, morador de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. Intitulado 'Fui assaltado – Grande João Pessoa', o grupo já conta com 6,3 mil participantes e, diariamente, recebe pelo menos dez novos pedidos de inclusão. Os números impressionam Alves, que admite ter receio de sofrer represálias.
A ideia de criar o grupo surgiu após ele ouvir relatos de universitários que tinham sido vítimas de assaltos próximo à Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e em ruas do bairro dos Bancários.

“O objetivo é registrar os casos de violência e alertar as autoridades sobre a violência que acontece não só em João Pessoa, mas em toda a área metropolitana”, afirmou Alves. No grupo do Facebook, a maioria dos relatos é de pessoas assaltadas nos Bancários. Os crimes ocorrem nas praças, nos estabelecimentos comerciais, nas ruas, na parada de ônibus, etc.

Uma das vítimas relata que foi assaltada quando estava com o carro parado no sinal. Ela e a amiga foram rendidas por dois homens que estavam armados nas proximidades de um shopping na avenida principal do bairro.

De acordo com o relato, os ladrões levaram bolsas, documentos, celulares e óculos. Em casos específicos, as vítimas foram à delegacia registrar boletim de ocorrência, mas isso não é a regra entre os participantes do grupo, segundo explicou Alves. No grupo, as vítimas, além de contarem detalhes dos assaltos, também revelam características dos criminosos, o que pode ajudar a polícia a encontrá-los.

Ainda no grupo 'Fui assaltado – Grande João Pessoa' é possível encontrar relatos de pessoas assaltadas em estabelecimentos comerciais da cidade. Um dos casos é descrito por um jovem que disse estar em um restaurante quando teve seus pertences roubados. Segundo ele, dois homens chegaram em uma moto, entraram no restaurante e roubaram os clientes.

Além das comunidades nas redes sociais, sites vêm sendo criados para reunir vítimas de violência em João Pessoa. O conteúdo do site 'Onde fui roubado' é alimentado pelos relatos de pessoas que foram roubadas na cidade.

O site também traz uma lista do que seriam os bairros mais perigosos da capital: Manaíra, Jardim Cidade Universitária, Centro, Jardim Oceania, Tambaú, Bessa, Torre, Bancários, Cabo Branco e Cristo Redentor. Segundo o levantamento do site, apenas 26% das vítimas registraram boletim de ocorrência.

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Jornal da Paraíba

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