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VIDA URBANA

Desertificação pode atingir 208 cidades

Problema da desertificação é um dos assuntos debatidos durante a 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente que acontece em João Pessoa.

Publicado em 11/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:23

Queimadas, degradação do solo e da vegetação que margeia os rios podem ser fatores contribuintes para que 208 municípios da Paraíba sofram com a desertificação no futuro. As informações foram divulgadas ontem durante a 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente e revelam ainda que a maior parte das regiões do Estado, exceto o Litoral e parte do Agreste, estão com nível de desertificação classificado como alto.

O evento, que nesta edição tem o desafio de debater uma das principais preocupações ambientais do Brasil - a geração e tratamento de resíduos sólidos - foi aberto pelo governador Ricardo Coutinho. A conferência acontece no Espaço Gospel, em João Pessoa.

De acordo com autoridades e ambientalistas, a degradação do solo provocada pelas queimadas e uso inadequado para a agricultura ainda são atividades frequentes no Estado, principalmente no interior. Aliado a isto está também a retirada excessiva da vegetação nativa, como a Caatinga e mata ciliar. Segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, a vegetação que acompanha as margens do rio Paraíba é um dos pontos mais críticos com a devastação.

“Se você retira a mata ciliar próxima ao rio, prejudica não só os recursos hídricos, mas também o solo, que sofre com a falta de cobertura e fica empobrecido”, informou João Azevedo. No Estado, apenas as microrregiões de Guarabira, Brejo, Sapé e Itabaiana apresentam riscos de desertificação com níveis de baixo a médio.
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, acrescentou que a degradação do solo sofre também com as práticas agrícolas irregulares e que a falta de vegetação pode interferir no clima e contribuir para o processo de desertificação.

“Diante dessa afirmação do governo sobre a situação do rio Paraíba, percebemos que a recuperação desse rio vai custar muito caro. Tudo isso porque não houve um manejo adequado dos recursos naturais. A degradação do solo passa também pelas más práticas agrícolas, e para combater a desertificação devemos valorizar as florestas e a vegetação nativa. Na maior parte da Paraíba, o manejo da caatinga não é sustentável, e as pessoas não entendem que essa vegetação também é importante para proteger o solo”, explicou Hummel.

Para impedir que a desertificação atinja as áreas previstas na Paraíba, foi lançado o Plano Estadual de Combate à Desertificação, previsto para ser entregue ao governo federal no próximo mês. Antônio Hummel adiantou que as ações serão desenvolvidas por equipes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Fundo Clima.

DEBATE SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS

O principal tema debatido durante a Conferência Estadual de Recursos Hídricos foi a adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, conforme a lei nº 12.305/10, que obriga cada um dos municípios a destinar de forma correta os resíduos sólidos produzidos por eles até o ano que vem.

Segundo informou o secretário estadual de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, o quadro dos municípios paraibanos ainda é preocupante e na maioria deles ainda existem os lixões ou os resíduos são jogados a céu aberto. “Em muitos municípios existem lixões ou aterros. Só que não há o manuseio correto e, além do solo, as nossas águas são as maiores vítimas da poluição provocada pelo lixo”, lamentou o secretário.

Ainda de acordo com João Azevedo, os rios urbanos são os que mais sofrem com a poluição provocada pela destinação incorreta dos resíduos sólidos, principalmente onde não há coleta seletiva e rede de esgotamento sanitário. “As pessoas ainda não criaram o hábito de separar o lixo reciclável do lixo orgânico. Em outras cidades temos ainda o problema dos lixões, em que o lixo e os resíduos não são tratados e poluem o solo e lençol freático”, disse.

Representantes de vários municípios paraibanos que participaram da Conferência devem encaminhar as propostas ao governo do Estado. Posteriormente, as informações elencadas na Política Estadual de Resíduos Sólidos seguirá para aprovação na Conferência Nacional de Meio Ambiente, que será realizada no próximo mês, em Brasília.

Conforme a legislação, o município que não extinguir os lixões e implantar a coleta seletiva e outras ações voltadas para os resíduos sólidos, pode ser multado e ter seus repasses federais suspensos.

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Jornal da Paraíba

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