Desistência dificulta controle

Para o pneumologista e membro da Sociedade Paraibana de Pneumologia da Paraíba, Sebastião Costa, a desistência do tratamento é a principal dificuldade para o controle da doença. Ele explica que isso ocorre principalmente entre pacientes com pouca escolaridade.

“Um mês após começar o tratamento, os pacientes não apresentam mais sintomas. Por isso, as pessoas que têm pouca instrução acham que já estão curadas e interrompem o tratamento. Sem saber, acabam piorando a própria situação e transmitindo a doença para pessoas em volta”, afirma.

O médico acrescenta que os medicamentos precisam ser tomados até completar o período de seis meses, mesmo que os sintomas já tenham desaparecido. “Quando uma pessoa desiste do tratamento, deixa a bactéria mais resistente aos medicamentos. É preciso completar os seis meses. Se ele interromper aos cinco, a doença volta ainda mais agressiva e será necessário tomar drogas mais pesadas para destruir o bacilo”, adverte.

A doença é transmitida através dos contatos com secreções de tosse e espirro. As crianças, ainda que estejam vacinadas contra tuberculose, também podem adquirir a forma pulmonar da doença. Locais de grande aglomeração, como ônibus, escolas e presídios, favorecem o contágio. Pessoas que vivem em periferias são as mais atingidas, devido à falta de informação sobre métodos de prevenção.