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VIDA URBANA

Dessalinizador muda a vida de 5 mil famílias do Cariri e Curimataú

São aproximadamente 24 mil pessoas que têm acesso à água dessalinizada, através do PAD, parceria entre os governos federal e estadual.

Publicado em 13/08/2015 às 8:00

Em tempos de escassez de água, a rotina de moradores de comunidades rurais das cidades do Cariri e Curimataú paraibano é marcada pela luta cotidiana em um ambiente que oferece poucas condições de sobrevivência. A dificuldade no acesso à água, que poderia ser facilitada através da perfuração de poços, por exemplo, ainda esbarra na qualidade desse recurso, tendo em vista que em 99% dos casos, a água extraída é salina ou salobra e precisa de um equipamento para deixá-la própria ao consumo humano.

Esse equipamento é o dessalinizador, realidade para vários moradores do semiárido brasileiro e que na Paraíba já beneficia cerca de cinco mil famílias em 19 localidades de 17 cidades. São aproximadamente 24 mil pessoas que têm acesso à água dessalinizada, através do Programa Água Doce (PAD), parceria entre os governos federal e estadual. Até o final deste ano, o programa pretende atender mais 50 famílias e chegar a 93 unidades até o final de 2016, quando vai beneficiar aproximadamente 190 mil habitantes com dificuldade no acesso à água potável. Um investimento de R$ 20 milhões.

Os dados são do Núcleo Estadual do PAD, na Paraíba. De acordo com o coordenador do programa, Robi Tabolka, o propósito da instalação dos dessalinizadores é garantir à população o acesso à água de qualidade. No momento, estão sendo construídos ou recuperados nove dessalinizadores no Estado, sendo dois na cidade de Parari, dois em Serra Branca, além de unidades também em São José dos Cordeiros, Taperoá, Nova Palmeira, Picuí e Barra de Santa Rosa.

“A água dessalinizada é utilizada apenas para consumo familiar, como beber e cozinhar. As localidades contempladas, que são geralmente atendidas por carros-pipa não têm essa garantia de qualidade e de disponibilidade, dificultando as condições de vida, estudos, saúde e trabalho dessas pessoas”, afirmou o coordenador.

O professor Kepler França, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), especialista em dessalinização, garante que o sistema de purificação utilizado no processo é altamente eficiente e não só retira o sal, como também todos os microorganismos nocivos da água. “Os sistemas de dessalinização tornam o líquido perfeitamente adequado ao consumo humano, com qualidade superior a outros sistemas de tratamento, inclusive, e são uma alternativa viável onde há escassez de recursos hídricos.”

Conforme Robi Tabolka, para a escolha dos municípios, são considerados critérios como: baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), baixos níveis pluviométricos, altos índices de mortalidade infantil e inexistência de outras fontes para abastecimento de água potável para a população. Após a inserção do município, os critérios para a escolha das comunidades levam em conta dados oficiais e em visitas a campo. O Programa Água Doce prevê o acesso mínimo de 5 litros de água potável por pessoa a cada dia nas localidades beneficiadas.

O perfil das localidades atendidas pelo programa é de pequenos produtores rurais, que possuem como principal fonte de renda a agricultura e programas sociais do governo federal. Ainda segundo Tabolka, a construção de uma unidade dessalinizadora varia de R$ 90 a R$ 116 mil, o que é um baixo custo em relação ao benefício. “Se diluirmos isso ao longo do tempo em que a comunidade vai utilizar esse equipamento, então é um preço muito baixo, irrisório. Na parte de manutenção, um carro-pipa custa três vezes mais”, destacou. Segundo ele, o próximo convênio do programa vai atender comunidades também no Sertão do Estado.

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Jornal da Paraíba

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