VIDA URBANA
Detran cancela vínculo com cinco autoescolas por fraudes em CNHs
Centros de formação de condutores de Campina Grande tiveram credenciamento cancelados de forma definitiva. Operação Medusa indiciou 39 envolvidos no esquema.
Publicado em 14/06/2011 às 7:44
Karoline Zilah
Cinco autoescolas investigadas durante a Operação Medusa por envolvimento num esquema de venda de carteiras de habilitação tiveram seus credeciamentos definitvamente cancelados junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB). As portarias foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (14).
A medida foi tomada pela comissão especial de sindicância do Detran, com o término das investigações. Os centros de formação de condutores (CFCs) já haviam tido suas atividades suspensas temporariamente, durante as apurações:
- VIP Auto-Escola (Índios Cariris-CG)
- Centro de Formação de Condutores Sinal Verde (av. Floriano Peixoto-CG)
- Auto-Escola Santo André (rua Irineu Joffily-CG)
- Auto-Escola São José (José Pinheiro-CG)
- Auto-Escola Bandeirantes (Centro-CG)
Um total de 39 foram indiciadas criminalmente por envolvimento num esquema de venda de carteiras de habilitação. O indiciamento foi proposto pela delegada Ranielle Vasconcelos. O inquérito foi encaminhado à 4ª Vara Criminal de Campina Grande. Caberá ao juiz Vandemberg de Freitas Rocha decidir se os indiciados responderão a processo criminal.
Na época, foram presos funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), despachantes e donos de centros de formação de condutores (autoescolas), todos acusados de participar de fraudes.
Os documentos eram vendidos para pessoas que não se submetiam às provas necessárias, ou tinham os resultados alterados em seu favor. Entre os compradores, havia pessoas de outros estados e até analfabetos.
A operação foi deflagrada pela Corregedoria do Detran, com o apoio do Ministério Público Estadual e das Polícias Civil e Rodoviária Federal. Estima-se que 100 mil carteiras de habilitação tenham sido expedidas ilegalmente nos últimos 12 meses. Dentro deste esquema, os documentos eram vendidos por R$ 1,5 mil, o que acumularia um prejuízo de R$ 150 milhões.
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