VIDA URBANA
Detran demite seis servidores acusados de fraudar exames de CNH
Como resultado de processos administrativos, órgão demitiu seis funcionários que teriam facilitado aquisição da carteira de habilitação. Uma servidora ainda será julgada.
Publicado em 28/10/2009 às 8:18
Karoline Zilah
O Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (28) publicou a demissão de seis servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) acusados de beneficiar candidados e facilitar a aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
As demissões resultaram de processos administrativos disciplinares instaurados no mês de maio, quando os seis funcionários foram afastados para serem investigados.
Foram demitidos Lindemberg Morais de Santana, Maria do Socorro Brito Oliveira, Tereza Cristina Mororó Melo, Marcíola Santana de Lacerda, Ana Maria Coura Tratay e José Ricardo da Costa Machado. A servidora Rita de Cássia Morais Sá, que estava lotada no Detran, foi devolvida à Secretaria de Saúde do Estado, onde trabalhava originalmente, e teve seu processo administrativo disciplinar encaminhado para ser julgado pelo secretário José Maria de França.
Acesse as portarias na página 11 do Diário Oficial do Estado.
O coronel Américo Uchôa, superintendente do órgão, ainda não comentou o assunto, mas uma entrevista coletiva está marcada para as 10h desta quarta-feira. Ele deverá anunciar o resultado da investigação feita para apurar irregularidades no fornecimento de carteiras de habilitação.
Maria do Socorro Brito de Oliveira Lima e Rita de Cássia Morais Sá são acusadas de cometer irregularidades como alterar códigos dos resultados de exames de Psicotécnico para que candidatos inaptos, alguns analfabetos e outros reprovados em etapas anteriores, conseguissem ser aprovados nos exames obrigatórios para obter a Permissão para Dirigir Veículos Automotores ou renovar e mudar a categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
As sindicâncias foram abertas depois que um assistente administrativo lotado no policiamento de trânsito (blitz) foi afastado por 30 dias. O órgão acusou Roberto Toscano Brito de ter recebido R$ 200 para facilitar os trâmites na obtenção da carteira de habilitação.
Em uma comissão preliminar, o diretor de operações do Detran, Tarcísio Lacerda, concluiu que cinco funcionário ligados à Divisão de Habilitação “tiveram acesso e, possivelmente, modificaram os códigos de resultados de exames de legislação, psicotécnicos e de direção, a fim de que candidatos naturalmente inaptos, inclusive analfabetos ou que anteriormente foram reprovados em alguma etapa, conseguissem a aprovação nos exames obrigatórios para a obtenção de permissão para dirigir, renovação ou mudança de categoria da carteira nacional de habilitação”.
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