VIDA URBANA
Dia do Professor é comemorado hoje e categoria quer melhoria profissional
Neste 15 de outubro, Dia do Professor, os docentes reclamam que ainda há muito o que conquistar para melhorar o exercício da profissão.
Publicado em 15/10/2010 às 9:04
Do Jornal da Paraíba
Um multiplicador de conhecimentos, lições de vida e amor. É assim que muitos professores se portam em sala de aula e por isso são considerados pelos alunos como ‘mestres’, exemplos. Mas no dia da categoria, comemorado nacionalmente nesta sexta-feira (15), os docentes reclamam que ainda há muito o que conquistar para melhorar o exercício da profissão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), Antônio Arruda, “é um dia de luta, para se comemorar, mas antes de tudo de reflexão da busca pela dignidade da profissão”.
Para o professor de Língua Portuguesa Manoel Brasileiro, que há 29 anos exerce o ofício, a maior dificuldade é educar a nova geração tanto no conhecimento quanto na ética. “O professor hoje tem que cumprir o papel que a família não está desenvolvendo em casa. Temos a reponsabilidade de resgatar esses alunos para a sociedade, já que muitos possuem vícios e há rebeldia porque os alunos não encontram equilíbrio na família”, relata o educador.
O professor de Física Antônio Carlos Alves, por sua vez, destaca a falta de investimentos na educação como empecilho para o desenvolvimento econômico do país. “Não se investe na educação, sobretudo na questão salarial. É uma luta para conseguirmos melhores remunerações, com greve todos os anos”, desabafa, ressaltando que não há desenvolvimento sem educação.
A educadora Lindinalva Pereira indica outro ponto. “Falta material para o trabalho em sala e sobra desinteresse dos alunos. Por mais que a gente faça, eles não dão retorno. A indisciplina é grande e os estudantes não respeitam mais o professor”, revela. Alguns alunos, contudo, reconhecem a importância dos mestres.
“Eles são a base de tudo. Sem professor, não há conhecimento. Pois nós temos a educação de casa, mas ela não é suficiente”, destaca a estudante de 18 anos, Nadja Nascimento.
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