VIDA URBANA
Dia dos Namorados é para celebrar e eternizar o amor
Casais acham que a data pode ser considerada, de forma geral, uma ode ao amor.
Publicado em 12/06/2012 às 8:00
João Fonseca e Carmem Dolores se conheceram em uma festa, no bairro de Jaguaribe e, como muitos outros casais hoje, vão celebrar o namoro. Mesmo depois de 50 anos de casamento, três filhos e a correria da rotina, os dois se consideram, ainda, eternos namorados.
Exatamente em 12 de junho de 1955, João e Carmem começaram a namorar. A primeira vez que se viram foi na festa da quermesse e, entre a paquera, o namoro e o casamento, se passaram seis anos. Os dois namoraram por três anos e ficaram noivos por outros três. “Eu simpatizei com o conteúdo todo”, brinca João, em relação ao momento que a viu na festa. “Ele deve ter pedido muito a Santo Antônio para me conhecer e deu certo”, revida Carmem.
O santo casamenteiro ajudou a unir outro casal, Corina e José Nóbrega, que hoje estão casados há 47 anos e também começaram a namorar no dia 12 de junho, mas de 1960.
Amigos de infância em Campina Grande, os dois só começaram a namorar quando vieram morar em João Pessoa. “Meu pai foi transferido no trabalho para cá e foi assim que nós retomamos contato e começamos a namorar”, relembra Corina.
Hoje, no Dia dos Namorados, os dois casais acham que a data pode ser considerada, de forma geral, uma ode ao amor.
“Casado ou namorando, amor tem que ter o ano todo”, enfatiza Carmem Dolores. Apesar de todo esse tempo juntos, os dois garantem que a troca de presentes ainda existe e não dispensam uma comemoração logo mais. “Todo ano fazemos algo. Esse ano devemos ir a um restaurante ou um barzinho. Eu já ganhei uma blusa linda”, diz Carmem, que mostra que a apelação comercial que acabou envolvendo a data é apenas um mero detalhe.
Já Corina e José, que todo ano trocam presentes e celebram a data, vão ter um dia mais calmo. “Não vamos poder sair dessa vez, já que ele está com o braço enfaixado, mas vamos comemorar em casa mesmo. O importante é estarmos juntos”, diz Corina.
Para os namorados recentes que estão em busca de uma receita milagrosa para o relacionamento dar certo, João diz que não tem mistério. “É preciso paciência, saber perdoar e ceder”, avalia.
“Não pode ficar com raiva por muito tempo. Afinal, a melhor parte é fazer as pazes”, completa Carmem. Já Corina diz que seu relacionamento deu tão certo porque ambos não abrem mão do respeito e do diálogo. “Tem que conversar. Se não tem diálogo, não tem casamento”.
Quando perguntados sobre o passado e se sabiam que um namoro de adolescentes poderia virar uma relação tão duradoura, Carmem não pensa duas vezes e responde: “para mim, foi amor à primeira vista”, declara, sem medo de parecer clichê. Afinal, o Dia dos Namorados é dia de ser clichê. E não existe nenhum maior do que dizer que o amor não tem idade.
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