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VIDA URBANA

Dia Mundial Sem Tabaco: 7,1% da população de João Pessoa afirmam ter hábito de fumar

A capital paraibana teve o terceiro pior resultado, ficando atrás de Natal e Recife.

Publicado em 31/05/2019 às 15:31 | Atualizado em 31/05/2019 às 18:35


                                        
                                            Dia Mundial Sem Tabaco: 7,1% da população de João Pessoa afirmam ter hábito de fumar

Dados inéditos do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados nesta sexta-feira (31), Dia Mundial Sem Tabaco, revelam que 7,1% de pessoas que vivem em João Pessoa afirmaram ter o hábito de fumar. Ao todo, foram entrevistadas 2.002 pessoas, sendo 638 homens e 1.364 mulheres, em João Pessoa. Dentre as capitais nordestinas, João Pessoa teve o terceiro pior resultado, ficando atrás apenas dos vizinhos Natal (7,2%) e Recife (7,2%).

Na esfera nacional, 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar. Em 2006, ano da primeira edição da pesquisa, esse índice era de 15,6%. Nos últimos 12 anos, a população entrevistada reduziu em 40% o consumo do tabaco, o que reforça a tendência nacional observada, ano após ano, de queda constante desse hábito nocivo para a saúde.

O Vigitel revela ainda que o perfil dos tabagistas vem mudando ao longo dos anos. A queda de uso do tabaco é significativa em pessoas de 18 a 24 anos de idade (12% em 2006 e 6,7%, em 2018), 35 e 44 anos (18,5% em 2006 e 9,1% em 2018) e entre 45 a 54 anos (22,6% em 2006 e 11,1% em 2018).  As mulheres também vêm assumindo um protagonismo importante nesse cenário, superando a média nacional, reduzindo em 44% o hábito de fumar no período.

O diretor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macario, ressaltou a importância do Dia Mundial Sem Tabaco. “A principal mensagem que a gente quer passar é o que o tabagismo é um fator de risco que provoca uma série de doenças e diversas mortes, e é um ato totalmente passivo de mudança. Quem para de fumar diminui esses riscos. Além disso, o cigarro não está mais ligado ao clima de glamour, juventude, e vitalidade, como antigamente. Nesse sentido, temos tentado influenciar os jovens a não o experimentar, algo que na maior parte das vezes acontece antes dos 18 anos”.

Realizada com maiores de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, o Vigitel é uma pesquisa telefônica sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Para a edição mais recente, foram entrevistados 52.395 pessoas entre janeiro e dezembro de 2018.

Consequências do tabagismo

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até o final de 2019, sejam registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão em decorrência do tabagismo, sendo 18.740 em homens e 12.530 em mulheres. O câncer de pulmão é o segundo mais frequente no país. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que 27.833 pessoas foram a óbito em 2017 devido a essa causa. Entretanto, as consequências dos cigarros não são apenas essas.

O número de mortes e internações é maior quando se considera que o tabagismo causa outras doenças. Segundo o INCA, em 2015, as mortes com relação direta ao uso do tabaco são: doenças cardíacas (34.999); doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC (31.120); outros cânceres (26.651); câncer de pulmão (23.762); tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral – AVC (10.812).

O Instituto também afirma que a assistência médica associada ao tabagismo gerou, em 2015, R$ 39,4 bilhões em custos diretos. Além disso, a perda de produtividade associada ao hábito de fumar, no mesmo ano, chega a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos devido às mortes prematuras e incapacidades.

Confira o resultado por capital:

Porto Alegre (RS) - 14,4%

São Paulo (SP) - 12,5%

Curitiba (PR) - 11,4%

Florianópolis (SC) - 11,2%

Campo Grande (MS) - 10,8%

Belo Horizonte (MG) - 10,8%

Rio Branco (AC) - 9,0%

Goiânia (GO) - 8,8%

Porto Velho (RO) - 8,7%

Distrito Federal (DF) - 8,3%

Rio de Janeiro (RJ) - 8,0%

Vitória (ES) - 7,6%

Cuiabá (MT) - 7,5%

Recife (PE) - 7,2%

Natal (RN) -  7,2%

Boa Vista (RR) - 7,2%

João Pessoa (PB) - 7,1%

Maceió (AL) - 6,9%

Palmas (TO) - 6,5%

Manaus (AM) - 6,4%

Fortaleza (CE) - 5,7%

Aracaju (SE) - 5,6%

Teresina (PI) - 5,5%

Macapá (AP) 5,5%

Belém (PA) - 4,9%

Salvador (BA) - 4,8%

São Luís (MA) - 4,8%

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Angélica Nunes

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